Publicado em 18/09/2012 às 14:29, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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O candidato do PP à Prefeitura de Campo Grande, Alcides Bernal, rebateu, nesta manhã, durante debate do ACP (Sindicado Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), no teatro Glauce Rocha, as denúncias veiculadas ontem (17) durante o programa do PSOL que externaram acusações contra ele por prática de estelionato, agiotagem, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
O progressista garantiu que emprestou R$ 106 mil a Coopertaxi em 2006, época em que a entidade era administrada por Waltrudes Pereira Lopes, de quem o deputado se definiu como amigo.
A ajuda, segundo Bernal, ocorreu porque a cooperativa se encontrava em dificuldades financeiras, sem combustível e devendo para o posto de combustíveis. Foi um empréstimo, disse.
O Waltrudes saiu do comando e o atual presidente (Flavio Panissa), que é inimigo dele, não reconheceu a dívida. Levei o questionamento à Justiça para receber, prosseguiu o parlamentar.
No debate, nesta manhã, o candidato sentou ao lado de Sidney Melo, que evidenciou o caso ontem durante o programa eleitoral. Eles não conversaram. Para Bernal, Melo está sendo cooptado pelos adversários.
O concorrente do PSOL à Prefeitura, por outro lado, afirmou que recebeu a denúncia e por isso resolveu abrir espaço em seu programa para o caso. Tenho compromisso com os trabalhadores, argumentou.
O Bernal está achando que é unanimidade e agora vai ter que provar (inocência na denúncia). Os outros seis candidatos são adversários do PSOL, justificou.
Entenda - Durante o programa, foi o atual presidente da Coopertaxi, Flavio Panissa, quem falou sobre o caso e o acusou de tentar dar um golpe na entidade. A disputa é alvo de uma ação que corre na 10ª Vara Cível de Campo Grande, desde 2009 e também já chegou à Procuradoria Geral do Estado.
Por conta de uma dívida, cuja origem é totalmente desconhecida e o senhor Alcides Bernal se recusa a explicar, ele está cobrando um cheque de R$ 106 mil da Coopertáxi", disse Panissa na televisão.
Ele ainda comentou que a opção pelo processo foi para fazer justiça e livrar a entidade do pagamento de uma dívida que "aparentemente decorre de um golpe praticado pelo deputado junto com a antiga administração da Coopertáxi.
A cooperativa fez a denúncia na PGE (Procuradoria Geral do Estado) contra o progressista e o ex-presidente da cooperativa. Ainda não há uma definição sobre o processo, que já tem, inclusive, recursos na segunda instância.
O Campo Grande News tentou entrar em contato com Panissa na Coopertaxi, porém, ele não foi localizado. A reportagem foi informada de que o presidente da cooperativa será comunicado sobre o assunto e irá retornar para comentar sobre o caso.