Bancada de MS viabilizará empresas pra substituir TAM e Gol

O deputado federal Giroto (PMDB/MS) e demais integrantes da bancada sul-mato-grossense estiveram reunidos, na tarde de quarta-feira, com o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys, para cobrar procedimentos que garantam a retomada de quatro voos suspensos entre Campo Grande e Brasília. Caso não haja solução, os parlamentares vão buscar outras empresas para atender a capital sul-mato-grossense.Na reunião, a bancada explicou a Guaranys o problema, e que, mesmo existindo demanda de passageiros, as duas empresas suspenderam o serviço em datas próximas, sem comunicado prévio aos passageiros, obrigando os usuários a utilizar outros voos em horários, às vezes, incompatíveis com os seus interesses. O diretor-presidente afirmou que a Anac vai averiguar se houve acordo para suspensão dos voos e, caso haja confirmação, as empresas podem ser punidas. Entretanto, Guaranys disse que a TAM e a Gol tem autorização para oferecer o serviço de transporte aéreo sem que haja obrigação legal de manter os horários que foram suspensos. Ao ser informado, Giroto afirmou que “identificar o cartel é difícil e demorado” e sugeriu a busca de outra empresa aérea para atender a Campo Grande. “Há uma empresa interessada, mas é necessário que também receba autorização para operar no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo. A atuação em Guarulhos é por questões de viabilidade econômica”, ressaltou o parlamentar sul-mato-grossense.O diretor-presidente da Anac enfatizou “que qualquer empresa pode entrar (operar em Campo Grande), nós verificamos a questão de segurança (das aeronaves)” e se existe infraestrutura no aeroporto, emendando que em relação em autorizar a operar no Aeroporto de Cumbica, a autarquia não tem autonomia para interceder nesta decisão.O coordenador da bancada federal do estado, senador Waldemir Moka (PMDB/MS) disse que vai propor uma audiência pública no Senado Federal para debater o processo de concessão da exploração do transporte aéreo no país, não descartando a possibilidade de “abrir o mercado brasileiro para empresas estrangeiras como forma de aumentar a competitividade, que representará maior oferta de voos, preços menores e qualidade nos serviços”.