Publicado em 16/04/2013 às 17:00, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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A Comissão Permanente de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, presidida pelo cabo Almi (PT), vai negociar uma saída para o impasse entre os policiais civis e o governador André Puccinelli (PMDB). A categoria ameaça entrar em greve no dia 2 de maio se não tiver uma resposta até lá.
Os policias querem um reajuste de 25% no salário e até agora não tiveram uma resposta do governo. Cerca de 120 policiais da Capital e do interior foram até a assembleia fazer uma mobilização para sensibilizar os deputados. O presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa da Silva, ocupou a tribuna para falar sobre as dificuldades dos policiais.
De acordo com Alexandre, a categoria ocupa hoje o 25º lugar no ranking dos salários dos policiais civil. Hoje os policiais recebem R$ 2.361,21. A gente só perde para os Estados de Paraíba e Acre. No entanto, a Polícia Civil do MS ocupa o 6º lugar de resolução de crime e homicídios, disse.
Alexandre afirma que desde 2006 as perdas vêm ocorrendo. O salário mínimo cresceu 42% acima do salário da categoria que tem hoje um efetivo de 1.300 policiais na ativa.
No dia 8 de março, a categoria entregou uma proposta para o governador e ele mandou montar uma comissão envolvendo a secretaria de segurança, fazenda e administração para avaliar o impacto que esse reajuste teria na folha, só que por enquanto a categoria não teve uma resposta.
Conforme o vice-presidente do sindicato, Roberto Simião de Souza, estudos realizados pelo Sinpol mostram que o reajuste de 25% representaria o acréscimo na folha de R$ 1,8 milhão. Esse valor representa menos que o governo gasta com mídia, que é de R$ 5 a 6 milhões, contesta.
Cabo Almi disse que os deputados estão à disposição para construir um diálogo de negociações com o governo. A greve é um direito do trabalhador, mas vamos fazer um esforço para evitar que a paralisação aconteça, disse.
Entre as reivindicações, a categoria quer mudança no critério de promoção. Atualmente metade das promoções é por antiguidade e metade por merecimento. Queremos que seja apena por antiguidade porque a promoção por merecimento muitas vezes estão envolvidas com questões políticas e não por competência, explica.
Os policiais também reclamaram das péssimas condições de trabalho, como por exemplo, viatura rodando com pneus carecas e delegacias lotadas de presos. Em relação às condições de trabalho, eles reclamam de prédios que estão em más condições, como é que o caso de Cepol (Centro Especializado de Polícia Civil) e da delegacia de Itaquiraí.
Na última sexta-feira, o sindicato teve reunido com a governadora em exercício Simone Tebet (PMDB), que ficou de marcar uma reunião com assim que André Puccinelli chegar de viagem.