Publicado em 30/05/2017 às 12:12, Atualizado em 30/05/2017 às 16:06
Tucano escolhido destaca ‘idoneidade’ de governador.
Os nomes dos cinco deputados que vão compor a comissão especial que vai apurar as denúncias de corrupção que envolvem o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foram divulgados na sessão desta terça-feira (30).
O PT foi o primeiro divulgar que Pedro Kemp era o indicado da bancada. Pelo bloco liderado pelos tucanos foram escolhidos Flávio Kayatt (PSDB) e Paulo Corrêa (PR).
No bloco sob liderança de peemedebistas foi preciso um sorteio para escolher os dois nomes, já que quatro deputados desejavam integrar a comissão. Por fim, os escolhidos foram Eduardo Rocha e Marcio Fernandes, ambos do PMDB.
“Espero que apure se realmente é o que estão pensando, ou o que já sabemos da idoneidade do governador”, frisou Flávio Kayatt, aliado de Reinaldo, e que recebeu, em 2014, R$ 14 mil da JBS, que alega que à época desconhecia origem do dinheiro.
O tucano destacou que delações acabam por jogar ‘na vala comum’ políticos sérios, que podem acabar desistindo de continuar na política.
Marcio Fernandes afirmou que a comissão especial, que vai analisar os pedidos de impeachment de Reinaldo que foram protocolados na Assembleia, deve verificar tanto as denúncias de Wesley Batista, dono da JBS, quanto as de âmbito regional, tornadas públicas no Fantástico do último domingo (28).
“Vamos averiguar, pedir documentos, fazer trabalho com isonomia”, disse Marcio. Já o líder do bloco, Rocha, defende a ida da comissão até Brasília para ter acesso a todo o conteúdo da delação da JBS.
Kemp, outro que também recebeu recursos da JBS em 2014, negou que isso possa influenciar no trabalho da comissão. O petista disse que cabe ao partido, que lhe repassou o dinheiro, explicar a relação com a empresa. Ele ainda citou que uma denúncia sua à Justiça do Trabalhou resultou em uma multa de R$ 5 milhões por vazamento de amônia em um frigorífico da JBS.
Wesley Batista acusou Reinaldo, bem como os ex-governadores Zeca do PT e André Puccinelli (PMDB), de serem beneficiários de um esquema de pagamento de propina em troca de benefícios fiscais. O tucano também foi acusado do mesmo crime, por empresários sul-mato-grossenses, no programa dominical da Rede Globo.
Fonte - Midiamax