Publicado em 17/07/2013 às 16:20, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Faltando apenas um dia para completar um ano da Lei Federal nº 12.687, de 18 de julho de 2012, que torna gratuita a primeira emissão Carteira de Identidade para todo o Brasil, os deputados estaduais aprovaram por unanimidade o Projeto de Lei que concede o benefício em Mato Grosso do Sul.
O projeto foi enviado como de autoria do governdor André Puccinelli (PMDB), na data de ontem (16). Em 212, após a publicação da gratuidade pela presidente Dilma Roussef, Puccinelli chegou a ingressar com ação direta de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal), questionando a Lei.
Segundo o governador, o Estado não tinha condições de fazer a aplicação imediata da gratuidade do serviço para 2012, pois não havia recursos financeiros. Contudo, a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública), responsável pela emissão do documento, não divulgou quanto seria o custo para MS bancar o serviço.
Agora, encaminhado a Casa de Leis, sob autoria de Puccinelli, o projeto foi aprovado pelos 13 deputados presentes na última sessão antes da Casa de Leis entrar em recesso parlamentar.
Entretanto, mesmo aprovada, a gratuidade terá que aguardar mais 90 dias para entrar em vigor, já que este é o tempo previsto para a regulamentação do projeto de Lei. A taxa cobrada em Mato Grosso do Sul é de 1,5 Uferms, o que equivale neste mês a R$ 26,65.
Este foi o último projeto votado pelos deputados antes do recesso parlamentar que vai até o fim deste mês. Dos 21 parlamentares, 13 que estiveram presentes na sessão de hoje votaram pelo projeto.
Demora
Alguns deputados criticaram a demora do Governo em mandar o projeto para a Casa, já que a lei nacional existe há quase um ano.
Do mesmo partido do governador, Marquinhos Trad (PMDB), disse que apesar de o gesto de Puccinelli parecer nobre e simpático é preciso avaliar que o projeto só foi enviado a Casa depois que o MPE (Ministério Público Estadual) cobrou que a lei federal não estava sendo cumprida em MS.
Ele ainda sugeriu que os consumidores entrem com ação coletiva de reparação para que seja feita a devolução do dinheiro em dobro das taxas cobras no período que a lei nacional já estava em vigor.
O deputado estadual Cabo Almi (PT) também não poupou críticas ao Governo. Se o governador achava que tinha o direito de decidir as coisas soberanamente agora vamos ver se ele aprendeu a respeitar as leis do povo, disse.
Já em defesa de Puccinelli, Eduardo Rocha (PMDB), afirmou que Mato Grosso do Sul é um canteiro de obras e o governo federal não vê as necessidades dos estados. O governo federal fica desonerando, desonerando ai sobra tudo para os prefeitos e governadores, mas não vêem os recursos que se perdem com essas desonerações, pontuou.