Filiados ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) estiveram em Brasília nesta semana para pedir o afastamento imediato do atual presidente estadual, Ivan Louzada. Os filiados solicitam o afastamento até que sejam esclarecidas as denúncias de que o partido estaria recebendo recursos indiretamente do Poder Público, por meio da nomeação de 10 apadrinhados do presidente regional, Ivan Louzada, na Casa Civil do governo de André Puccinelli (PMDB).
O tesoureiro da executiva municipal do PTB, Elenilton Dutra de Andrade, alega que os filiados querem explicações sobre as denúncias de ocupação de cargos fantasmas e enriquecimento ilícito. O Puccinelli queria que mostrasse onde estão os cargos fantasmas. Ou ele não sabe o que acontece na administração dele, ou está dando cobertura. Os ocupantes dos cargos ou estão no diretório ou na chácara plantando alface com dinheiro público.
Elenilton informa que ele e o colega de partido, Antônio Trindade, estiveram em Brasília nesta semana, onde participaram de reuniões com diversos deputados e senadores. Segundo ele, há uma audiência marcada na próxima terça-feira com o secretário geral do partido para pedir a destituição de Louzada.
O tesoureiro do diretório municipal alega que Louzada destituiu o diretório afirmando que teria faltado empenho na eleição. Porém, afirma que faltou recurso para o partido na eleição, já que, segundo ele, 95% do dinheiro destinado ao partido acabou indo para o presidente estadual.
Procurado pelo Midiamax, Ivan Louzada não mostrou preocupação com a denúncia e disse que pertence ao diretório nacional, onde é presidente da Fundação Getúlio Vargas. Ele ressaltou que já está sabendo das denúncias, mas afirmou que não recebeu nenhum comunicado oficial. Quanto às denúncias de cargos, Louzada diz que é mentira e que em 2010 indicou nomes para Puccinelli, mas garantiu que todos estão trabalhando. Se não estivessem o problema seria do governador, avaliou.
Na semana passada o advogado Antônio Trindade acionou a Justiça para fazer denúncias contra Louzada. Segundo ele, na lista de apadrinhados do partido estariam o filho e a mulher aposentada do dirigente, o cunhado, entre outros ligados a Louzada. Os salários dos ocupantes de cargos, segundo Trindade, variam de R$ 1,6 mil a R$ 7,7 mil. Ele avaliou que o caso é ainda grave porque os nomeados não precisariam cumprir jornada de trabalho.
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