Após a importante vitória da garantia de passe livre estudantil em dias de vestibulares para instituições públicas e do Enem, estudantes pretendem participar mais ativamente da política campo-grandense.
Entre as futuras iniciativas visadas pela categoria, está a mudança do nome da via que dá acesso à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, por se referir ao presidente de um dos períodos mais difíceis da ditadura.
O estudante de direito e ex-presidente estadual da União Nacional dos Estudantes (UNE), Pedro Falcão, comenta que além da proposição de mudança do nome da Avenida Costa e Silva, por ser uma homenagem ao presidente que instaurou o Ato Institucional n° 5 (AI 5), em um período marcado por forte repressão da ditadura no país, os estudantes pretendem também ter mais garantias de acesso à espaços e cultura.
"A gente quer propor leis para que respeitem o nosso espaço de convivência e de cultura, para que a gente não precisa mais sair correndo de bala de borracha e de tiro da polícia porque eles estão fechando o nosso espaço. Então a gente tem muita coisa pra construir ainda", afirma Pedro.
A mobilização em torno do passe gratuito para dias de vestibulares e Enem começou em novembro do ano passado, quando os estudantes tentaram viabilizar a iniciativa já para a prova de 2022, mas não obtiveram êxito com a prefeitura.
Após esse primeiro passo, os estudantes foram até a Câmara Municipal de Campo Grande (PMCG), pedir apoio à iniciativa. O vereador Ronilço Guerreiro (PODEMOS), foi o autor do projeto que teve aprovação unânime na casa legislativa.
A Lei n° 7.075, que garante gratuidade do transporte público nos dias de vestibular foi sancionada pela prefeita Adriane Lopes (PP) na última segunda-feira (17). A iniciativa de solicitar transporte gratuito foi criada no Congresso Nacional dos Estudantes Secundaristas, também em 2022, para ampliar o acesso ao Enem.
"Não é só em Campo Grande, por exemplo, no Rio de Janeiro o metrô fica de graça e ainda é distribuído caneta para que os alunos possam fazer a prova do Enem de graça e com uma caneta na mão. E aqui a gente tem um diferencial, um avanço muito importante que a gente conseguiu incluir no nosso Projeto de Lei os vestibulares das universidades públicas", completou o universitário.
Fonte - Correio do Estado
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