Publicado em 06/06/2013 às 06:53, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Além de dinheiro para implantação de aterros sanitários, os prefeitos precisam de mais prazo para acabar com os lixões nos municípios de Mato Grosso do Sul.
Pelo menos esse foi o tom dos discursos feitos pelos presidentes da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Douglas Figueiredo (PSDB), e do TCE (Tribunal de Contas do Estado), Cícero de Souza, durante a abertura do ciclo de debates sobre resíduos sólidos ocorrido no auditório da Corte Fiscal, em Campo Grande.
Organizado pelo TCE/MS, o evento contou com apoio da Assomasul e da Assembleia Legislativa.
Ao considerar o encontro importante visando orientar os prefeitos e gestores públicos, Cícero de Souza disse estar ciente de que os municípios não estão capacitados a cumprir a determinação até o começo do ano que vem por falta de recursos, mas observou que existe um projeto de lei em tramitação prevendo a dilatação do prazo de implantação dos aterros sanitários.
Em discurso, Douglas disse que os prefeitos reconhecem a necessidade de se adequarem a lei 12.305/2010, sob pena de não obterem recursos federais caso não cumpram as regras determinadas até 2014.
No entanto, advertiu que as prefeituras enfrentam dificuldades do ponto de vista estrutural e financeiro para cumprir as exigências legais em tempo hábil.
Acabar com os lixões a partir da implantação dos aterros sanitários, além de uma exigência legal, é contribuir com o meio ambiente e decretar o fim do desconforto da população, que vive no entrono deles colocando em risco a saúde. Mas é preciso que as autoridades saibam também que as prefeituras têm suas limitações, observou.
Segundo ele, além da carência de técnicos especializados em pequenas cidades, a captação de recursos é burocrática, o que eleva ainda mais a importância desse debate.
Ele argumentou que a queda da receita registrada nos últimos meses, principalmente do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), tem engessado os gestores públicos e como consequencia decretado a falência da maioria dos municípios, em sua maioria os de pequeno porte que sobrevive basicamente dos repasses constitucionais.
De acordo com o dirigente, as prefeituras hoje operam no vermelho, não pela falta de competência dos gestores públicos, mas devido à política econômica adotada no País que sufoca os municípios, dando-lhes atribuições sem o devido repasse dos recursos necessários a investimentos em prioridades.
Por conta disso, urge a adoção de medidas que venham aumentar o poder de investimento dos entes federados, quem sabe com uma melhor distribuição do bolo tributário nacional. O pacto federativo é uma das principais bandeiras do movimento municipalista, acrescentou Douglas.
O presidente ad Assomasul disse ainda que municípios também reconhecem que hoje é necessário e providencial discutir estratégias que possam ajudar o gestor público na elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos.
Quero finalizar dizendo que a Assomasul, como instituição que representa os 79 municípios do Estado, sempre foi e sempre será parceira de eventos cujo objetivo seja o de dá subsídios ao bom andamento da gestão pública, concluiu.
Além de renomados palestrantes, o ato contou com a presença do deputado estadual Márcio Monteiro (PSDB), representando a Assembleia Legislativa, prefeitos, secretários municipais de meio ambiente, entre outras autoridades.