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11/05/2023 às 13:00, Atualizado em 11/05/2023 às 11:00

Acordo do PSDB com MDB passa por deputado na presidência, mas grupo de Puccinelli quer emplacar ex-senador

O MDB já foi o partido com maior número de prefeitos em Mato Grosso do Sul, mas hoje tem apenas nove dos 79

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Divulgação

O MDB, que passa por momentânea paz, pode voltar a viver clima tenso nos próximos meses, mais precisamente em agosto, quando será escolhido o presidente estadual da sigla.

O deputado Márcio Fernandes (MDB) chegou a apresentar pedido para assumir o comando, hoje com Júnior Mochi, mas o diretório nacional do partido solicitou a permanência do grupo de André Puccinelli, pelo menos até agosto.

Com o perigo rondando, Puccinelli chegou a conversar com Eduardo Riedel para falar da possibilidade de reaproximação do MDB com o PSDB, já na próxima eleição, em um acordo que passaria por Márcio Fernandes na presidência.

A conversa gerou uma paz no MDB, que pode estar com dias contados. Isso porque o grupo de André Puccinelli não está convencido de que a melhor saída para o partido seria voltar a se aliar com o PSDB, sob comando de Márcio Fernandes, hoje muito próximo dos tucanos.

Desconfiando da parceria, o grupo ligado a André Puccinelli já estuda lançar o ex-senador Waldemir Moka como candidato, o que pode melar a parceria.

Procurado pela reportagem do Portal Investiga MS, Márcio Fernandes disse que continua à disposição do partido e confirmou uma conversa adiantada para que ele seja o presidente.

“O Andre foi o primeiro a saber que eu tinha interesse em compor. Fui o escolhido do governo e ele deu aval . Se mudou , não fui comunicado”, declarou o deputado, justificando que foi o escolhido para fazer a intermediação de aproximação entre as duas siglas.

Após conversa com PSDB, Puccinelli já organizou uma reunião do MDB onde disse que todas as tratativas municipais passarão pelo diretório estadual, fechando as portas para quem tenha interesse em “vender o partido”.

O MDB já foi o partido com maior número de prefeitos em Mato Grosso do Sul, mas hoje tem apenas nove dos 79 e com risco de perder alguns filiados, que já conversaram com o próprio PSDB.

Na última eleição, Puccinelli chegou a liderar pesquisas para o governo, mas acabou surpreendido pela declaração de voto de Jair Bolsonaro em Capitão Contar, que lhe tirou do segundo turno. Fora da disputa, Puccinelli declarou apoio a Contar, mas não foram acompanhados por Renato Câmara e Márcio Fernandes. A divisão gerou crise no MDB, com troca de acusações de traição já no primeiro turno.

A crise só foi contornada após conversa de Puccinelli com Simone Tebet e com Eduardo Riedel, em um acordo que pode estar com os dias contados.

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