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06/08/2016 às 15:25, Atualizado em 06/08/2016 às 15:28

Tráfico aumenta 90% e MS apreende 21 toneladas de droga em julho

Maioria da droga sai da região sul de MS, de acordo com DOF

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Foto: Divulgação PRF

Os flagrantes de tráfico de drogas e apreensões de entorpecentes aumentaram em Mato Grosso do Sul em julho de 2016. Foram 21 toneladas de droga apreendidas nos 31 dias do mês, segundo levantamento feito pelo G1. A quantidade foi 90,31% maior em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram apreendidos 11.411 toneladas.

O valor total é a soma das apreensões feitas pelas policias Federal, Rodoviária Federal, Rodoviária Estadual e Departamento de Operações de Fronteira (Dof), que monitoram rodovias e estradas de terra usadas pelo tráfico como rota para o transporte de drogas.

"Podemos usar dois fatores para explicar esse aumento na apreensão. O primeiro é que temos mais policiais nas fronteiras de Mato Grosso do Sul pra impedir que a droga entre por causa da Olimpíada. Outro motivo seria um possível aumento da entrada justamente por causa da Olimpíada", explicou Tércio Baggio, inspetor da Polícia Rodoviária Federal.

De acordo com o sargento do DOF, Júlio César Arguelho, o 'tráfico formiguinha', que é o transporte de pequenas quantidades de drogas, colaborou para o aumento. Ele diz que mais gente tem usado ônibus de linhas comerciais e carros de passeio para trazer entorpecentes de países vizinhos para o Brasil.

"A gente tem percebido também um uso muito grande de mulheres menores de idade para fazer esse serviço. E como elas são menores de idade, dizem que a droga é delas. Se forem punidas as penas são mais leves", garante o sargento Arguelho.

Segundo as polícias, a região sul do estado é o local onde mais são feitas apreensões e de onde a maioria das drogas em Mato Grosso do Sul sai. O motivo é a proximidade entre cidades brasileiras e paraguaias que ficam praticamente juntas na fronteira seca Brasil-Paraguai.

"Nossos trabalhos são intensificados em todas as bases. Os policiais trabalham dia e noite abordando veículos porque o trabalho de inteligência da bandidagem é alto", diz Elcio Almeida, tenente-coronel da Polícia Rodoviária Estadual.

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