Publicado em 21/06/2024 às 10:00, Atualizado em 21/06/2024 às 10:29
Conforme a Senad, a maconha é o principal meio de financiamento das organizações criminosas fronteiriças.
A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e a Polícia Federal brasileira iniciaram nesta quinta-feira, dia 20 de junho, a 45ª edição da Operação Nova Aliança, para eliminar roças de maconha na linha internacional com Mato Grosso do Sul.
Ao mesmo tempo em que os traficantes intensificam o cultivo e remessa de cargas da droga para o mercado brasileiro, as duas corporações apertam o cerco para destruir roças e acampamentos e causar prejuízo financeiro às facções presentes na fronteira.
Segundo o site Campo Grande News, essa nova fase ocorre duas semanas após o encerramento da 44ª edição, que destruiu o equivalente a 820 toneladas entre plantas em fase de colheita e droga já processada e embalada.
Com apoio de helicópteros da PF e das Forças Armadas do Paraguai, equipes de solo percorrem áreas de cultivo no departamento (equivalente a estado) de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero.
Segundo a Senad, o trabalho para destruir as roças de maconha e acampamentos montados pelos traficantes deve durar pelo menos dez dias. Localizadas em regiões de mata e morros, as lavouras são identificadas através de monitoramento permanente da agência antidrogas.
Nas primeiras investidas desta operação na região denominada Cerro Kuatiá, foram desmantelados 18 acampamentos e destruídos 37 hectares em fase de desenvolvimento. Cada hectare produz em média três toneladas de maconha pronta para o consumo.
Conforme a Senad, a maconha é o principal meio de financiamento das organizações criminosas fronteiriças. De Amambay, a produção é enviada ao mercado brasileiro através de redes de distribuição controladas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho.