Publicado em 12/02/2024 às 17:00, Atualizado em 12/02/2024 às 17:31
Dos boxes destruídos completamente, foram duas lojas de roupas, duas de assistência técnica de eletrônicos e uma de brinquedo.
Narciso Soares, presidente do Camelódromo, explica que as seguradoras não fecham contratos de seguros com as lojas do estabelecimento diante do alto risco de incêndio e valor de produtos no espaço com 473 boxes. Desde um incêndio há 10 anos, o comércio adotou medidas de segurança, como desligar a energia elétrica a partir das 18h40, com exceção das câmeras de segurança.
“Vamos analisar as câmeras de segurança para ver onde e como o fogo começou. Temos a suspeita de que teria sido um celular na tomada, mas não podemos afirmar ainda”, disse.
Dos boxes destruídos completamente, foram duas lojas de roupas, duas de assistência técnica de eletrônicos e uma de brinquedo. Outras quatro foram atingidas parcialmente.
“Tinha dois seguranças que conseguiram abrir o cadeado do box e evitar um estrago maior, além de abrir a porta de ferro. Os seguranças têm alicate para abrir nessas situações. Um militar que passava também avistou a fumaça e o Corpo de Bombeiros chegou rápido e evitou que o fogo se alastrasse mais”.
Narciso ainda relata que o camelódromo tem estrutura muito antiga, com 25 anos de atuação e uma reforma é necessária. “Temos um sistema de brigada, uma caixa de água que ajuda nessa situação. O Governo do Estado e a prefeitura sinalizaram dar apoio. Só de estrutura de cada box é R$ 20 mil. O camelódromo é um ponto turístico da cidade e fonte de sustento das famílias”.
Mais de R$ 70 mil em prejuízo
Cicera Jesuíno dos Santos, de 52 anos, é irmã da dona do box de brinquedo e está acompanhando a visita nesta manhã. Ela também tem uma loja no local, mas que não foi atingida. Desde ontem, a família está preocupada em como irá sanar o prejuízo.
“Ela veio ontem e hoje vem mais tarde. Só de estimativa de prejuízo em mercadoria é R$ 40 mil, de estrutura do box uns R$ 20 a R$ 30 mil, vai beirar uns R$ 70 mil para começar de novo. A fiação elétrica daqui é muito antiga e é um assunto que temos falado sempre. Acredito que possa ser feito um rateio entre os comerciantes. Para refazer a fiação deve custar uns R$ 1 milhão”.
Fechado até quarta-feira
O Camelódromo de Campo Grande não abrirá ao público nesta segunda-feira (12). A decisão foi tomada pela associação de comerciantes que administra o espaço em virtude do incêndio que destruiu sete boxes.