Publicado em 01/09/2016 às 14:04, Atualizado em 01/09/2016 às 13:40
Duas pessoas foram presas por atentado contra agente penitenciário
Policiais civis e federais apreenderam, ontem, quase 100 quilos de maconha em Naviraí. A droga foi localizada durante operação que prendeu dois suspeitos de participar de ataque contra o agente penitenciário Enderson Antônio Bogas Severi, 36 anos.
Denúncia, conforme o site Tá Na Mídia Naviraí, levou os investigadores até imóvel no Jardim Paraíso. Este seria refúgio dos pistoleiros que atingiram o agente. O portão estava aberto, assim como Toyota Hilux no quintal. Rádio amador e quatro tabletes de maconha estavam dentro do veículo.
Forte odor de maconha os levou a entrar no imóvel, onde foram localizados 98 quilos de maconha, balança de precisão e outros rádios amadores. Todo o material foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil.
ATENTADO
Enderson deixava o filho em creche, por volta das 6h53, quando foi surpreendido por quatro pistoleiros em duas motos na Avenida Ponta Porã. O servidor estava a caminho do trabalho e foi atingido por cinco tiros.
Internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospital Evangélico de Dourados, exames comprovaram que ele não apresenta sinais de movimento nas pernas. Os tiros, conforme a administração do hospital, atingiram o pulmão, baço, fígado, pâncreas, duodeno e intestino grosso.
REPRESÁLIA
Para o Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap) o agente foi alvo de ataque do Primeiro Comando da Capital (PCC), em represália a desentendimento com a facção Comando Vermelho que acabou em rebelião no dia 4 deste mês. Na ocasião, dois presos foram assassinados e oito feridos.
Para o presidente do Sinsap, André Santiago, a tentativa de assassinato aconteceu em cumprimento à promessa. “Desde a rebelião havia promessas de mortes na cidade. Temos informações de que existe um áudio em que presos do PCC e comparsas do lado de fora, até de outros estados, se organizam para matar”, comentou. No alvo para morrer estariam principalmente homens que trabalham no presídio de Naviraí.
Ainda de acordo com André, novas cobranças para melhorar o sistema carcerário serão feitas ao Governo do Estado e não está descartada paralisação da classe de trabalhadores.