Publicado em 02/12/2023 às 09:45, Atualizado em 02/12/2023 às 11:36

Presos de esquema de corrupção na Saúde e Educação saem da prisão

Édio Castro e sua ex-subordinada, além de Thiago Mishima, estão entre os libertados

Redação,

Os primeiros presos da Operação Turn Off foram soltos na noite desta sexta-feira. Foram colocados em liberdade o ex-secretário-ajunto de Educação Édio Antônio Resende de Castro e a ex-servidora da Secretaria de Educação, subordinada dele, Andréa Cristina Souza Lima.

O habeas corpus para ambos foi concedido pelo desembargador 1ª Câmara Criminal, Emerson Cafure, que agora ficou prevento para os pedidos da Operação Turn Off, em segunda instância. As informações são do advogado que representa Édio e Andreia nos processos da operação, Márcio Sandim.

O advogado André Gomes, também confirmou a libertação de seu cliente, o assessor parlamentar Thiago Mishima.

O Correio do Estado também foi informado de que outros três alvos da operação também foram beneficiados com habeas corpus, entre eles os irmãos Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior. Como o processo está em segredo de Justiça, o Correio aguarda confirmação dos defensores destes dois investigados.

Até a noite desta sexta-feira, não havia confirmação da libertação de outros alvos: Simone de Oliveira Ramires Castro, Paulo Henrique Muleta Andrade e Victor Leite de Andrade.

A Operação Turn Off foi desencadeada na manhã de quarta-feira (29-11).

Os irmãos Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho, apontados como pagadores das propinas aos servidores para favorecer suas empresas e também outras que não são deles, como o caso da Health Brasil, e a pregoeira-chefe da SAD, Simone de Oliveira Ramires Castro.

Propinoduto

O esquema consiste em empresas sob a gestão, propriedade ou influência dos irmãos Coutinho operando um esquema de propina que distribuiu mais de R$ 1 milhão em propinas contabilizadas, e ainda muito dinheiro vivo não contabilizado pelos investigadores.

Só Édio Antônio Resende de Castro recebeu R$ 930 mil, parte em dinheiro vivo, e parte em pagamento a uma gráfica em Maracaju. Thiago Mishima também teria mais de R$ 200 mil em propina em dinheiro vivo e também por meio da uma agência de comunicação de seu cunhado.

Andreia, Simone ambas servidoras públicas, e Paulo Henrique Muleta de Andrade, também teriam recebido propina. Victor Leite de Andrade, gerente do posto América II e da Conveniência Parada 67, na saída para Três Lagoas, trabalhava para os irmãos Coutinho gerenciando o posto da família, e usando dinheiro vivo e a pessoa jurídica das empresas para pagar a propina.

Com informações do Correio do Estado