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28/08/2024 às 12:43, Atualizado em 28/08/2024 às 14:42

Presidente afastado da FFMS é preso novamente pelo Gaeco em operação

A Operação Cartão Vermelho foi deflagrada em 21 de maio deste ano pelo Gaeco

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Foto - Arquivo

Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), foi preso novamente na manhã desta quarta-feira (28) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). A prisão foi feita na residência de Cezário, localizada na Vila Taveirópolis, em Campo Grande, durante uma ação que faz parte da Operação Cartão Vermelho, que investiga o desvio de R$ 6 milhões da Federação de Futebol.

Cezário, que já usava tornozeleira eletrônica, foi alvo de uma operação que contou com três viaturas do Gaeco e a presença de uma testemunha, que acompanhou os agentes durante a abordagem. O advogado de Cezário, André Borges, afirmou que, inicialmente, tinha conhecimento apenas de um mandado de busca e apreensão e desconhecia a ordem de prisão contra seu cliente. “Ainda estamos sendo atualizados sobre a situação”, declarou Borges.

O Ministério Público de mato Grosso do Sul (MPMS) informou por meio de nota à imprensa que o GAECO requereu a prisão preventiva de Cezário pelo descumprimento das medidas cautelares alternativas impostas pelo Egrégio Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, em especial de não exercer qualquer função no âmbito da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, o que foi acatado pelo Poder Judiciário.

A nota informa ainda que, foi verificado que, a despeito da proibição judicial, o ex-dirigente continuava a participar, nos bastidores, dos rumos da entidade, articulando com aliados e fazendo reuniões em sua residência com Presidentes de Clubes e dirigentes esportivos, além de acompanhar de perto as reuniões que ocorriam no âmbito da FFMS.

Operação Cartão Vermelho

A Operação Cartão Vermelho foi deflagrada em 21 de maio deste ano pelo Gaeco, a partir de uma investigação do Ministério Público Estadual, para apurar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na FFMS, envolvendo recursos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e verbas públicas. Os desvios de recursos teriam ocorrido entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023, período em que Francisco Cezário estava à frente da entidade.

Além de Cezário, que presidiu a FFMS por quase 30 anos, outras seis pessoas também foram presas por suspeita de envolvimento no esquema. Durante as investigações, Cezário pediu afastamento do cargo, e a FFMS passou a ser administrada por um interventor. Estevão Petrallás, ex-presidente do Operário, foi indicado pela CBF para assumir a administração interina do futebol em Mato Grosso do Sul.

O Gaeco continua com as investigações e busca mais evidências sobre o esquema de desvio de recursos na Federação. A operação segue em curso, e novas diligências podem ocorrer nos próximos dias. Enquanto isso, a administração interina da FFMS tenta garantir a continuidade das atividades do futebol local, sob a supervisão de Estevão Petrallás.

Com informações do site O Estado Online

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