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24/03/2023 às 09:32, Atualizado em 24/03/2023 às 10:21

Policial militar ‘blogueiro’ e comparsa são condenados à prisão e exclusão da PMMS

Eles foram presos durante operação da Corregedoria da PMMS por tráfico de drogas e peculato

Nesta quinta-feira (23), dois policiais militares, sendo um soldado e o outro 3º sargento respectivamente, foram condenados. Os dois respondiam a processo por tráfico de drogas e peculato.

Conforme a sentença da Auditoria Militar, um foi condenado a 14 anos de reclusão, além do pagamento de 1.500 dias-multa. Já o outro foi condenado a 11 anos de reclusão e pagamento de 1.200 dias-multa.

Os dois respondem por peculato, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Além disso, ambos foram condenados à pena acessória de exclusão das fileiras da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul).

Ainda presos, os dois cumprirão regime inicial fechado. o Soldado já responde por outros crimes, por integrar a Máfia dos Cigarreiros. Ele já foi excluído e depois reintegrado à corporação, a princípio sendo novamente excluído após a nova prisão.

O outro também teria sido excluído em agosto de 2022. Ele era administrador do perfil no Instagram Sheriff67, que divulgava vídeos policiais e exaltava atuação dos militares, em defesa dos bons costumes.

Conforme apurado pelo Midiamax, a investigação teve início em julho de 2022, quando houve a prisão de um homem pelos crimes de tráfico de drogas e receptação. Durante a ocorrência, foram localizados 9 tabletes de pasta base de cocaína, com peso aproximado de 9 quilos.

Durante a apuração, foi descoberta a participação de policiais militares em crimes de peculato e tráfico de drogas. Eles estariam desviando as drogas, entre elas cocaína, para depois revender.

Denunciado por integrar a Máfia dos Cigarreiros

Conforme apurado inicialmente pela Corregedoria, policiais estavam envolvidos no esquema de facilitação de contrabando de cigarros, principalmente militares que atuavam na região de fronteira. Assim, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) instaurou o procedimento de investigação, que resultou na Operação Oiketicus.

Ao todo, 29 policiais militares foram presos, entre eles o Sargento e o Soldado. Foram apurados crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Na denúncia, o Gaeco aponta que o Soldaod, estava lotado no Distrito de Culturama e estaria envolvido com a facilitação ao contrabando.

Foram colhidos elementos probatórios da participação do militar na organização criminosa, atuando para permitir a passagem dos criminosos pelas rodovias e, inclusive, fazendo papel de batedor para carretas contrabandeadas de cigarros. Para isso, ele recebia propina e também repassava a propina para outros policiais.

No celular de um deles foram encontradas conversas que fazem referência a uma apreensão de cigarros, em que são citados nomes de dois integrantes da cúpula da organização criminosa. Foi quebrado sigilo bancário do soldado, que entregou movimentações de mais de R$ 798 mil.

Em outubro de 2021, o Soldado foi condenado a 13 anos, 6 meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado. Sendo assim, cumpre pena no Presídio Militar de Campo Grande. Ele também foi condenado à exclusão, tendo recorrido e sendo reintegrado aos quadros da PMMS. Depois, foi novamente excluído.

3º sargento preso

O 3º sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, foi preso em casa, no Bairro Santo Antônio. No dia 16 de agosto de 2022, ele foi excluído das fileiras da Polícia Militar, em cumprimento a uma decisão judicial.

Em 2018, o Sargento e mais dois militares foram flagrados com contrabando avaliado em R$ 100 mil. O flagrante aconteceu na MS-162, sentido Sidrolândia a Maracaju, após denúncia anônima.

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