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09/08/2022 às 14:30, Atualizado em 09/08/2022 às 12:27

Polícia descarta envolvimento de irmã na morte de pecuarista e indicia três

A mentora do crime contou à polícia que a intenção de simular o assalto era fragilizar a vítima

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Divulgação

A Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos) concluiu a investigação sobre o assassinato da pecuarista Andreia Aquino Flores, de 38 anos, e indiciou as empregadas da vítima, Lucimara Rosa Neves, 43 anos, Jéssica Neves Antunes, 24 anos, e de Pedro Benhur Ciardulo, 20 anos, por latrocínio (roubo seguido de morte) – cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão. A investigação descartou que o crime tenha sido praticado a mando de irmã da vítima.

De acordo com o delegado Francis Flavio Freire, que conduziu o inquérito, os três têm versões iguais sobre o assalto que terminou em morte, no dia 28 de julho. Lucimara foi quem planejou tudo. A ideia era conseguir que a vítima fizesse Pix de R$ 50 mil. Pela “ajuda” dos comparsas, a própria filha e o cunhado, “Mah”, como era conhecida a funcionária que trabalhava como uma espécie de governanta na casa da pecuarista, pagaria R$ 20 mil – R$ 10 mil para cada. Os outros R$ 30 mil ficariam com Lucimara, que usaria o dinheiro para quitar dívidas com agiotas.

Segundo o site Campo Grande News, a mentora do crime também contou à polícia que a intenção de simular o assalto era fragilizar Andreia. Ela precisava conseguir que a patroa assinasse documento relacionado a uma negociação de gado e em troca, receberia ajuda financeira da irmã da vítima com as dívidas, para quem também já trabalhou. A ideia foi então lucrar com o assalto simulado e depois, fazer Andreia acreditar que a irmã havia enviado o criminoso como uma ameaça de morte, mas arquitetou o plano sem o conhecimento da ex-empregadora.

Lucimara falou em um pagamento de R$ 50 mil, mas em depoimento à polícia, a irmã não confirmou o valor, apenas que ofereceu uma recompensa. “A empregada disse que queria fragilizar a vítima, para convencê-la a assinar o documento. A irmã confirma que estava fazendo isso [tentando a assinatura] por intermédio da empregada, porque detinha a confiança dela. Queria que esse documento não passasse pelos advogados da vítima, porque na visão dela, eram eles que estavam dificultando”, explica o delegado.

Ainda conforme a polícia, "durante a investigação, ficou patente que o crime foi planejado no dia anterior e, inclusive, momentos antes do crime, Lucimara tirou o cachorro da vítima da residência e o deixou num pet shop, para que não dificultasse a ação criminosa".

Com os criminosos, a polícia localizou um Macbook, dois celulares da marca Iphone e uma caixa de som da marca JBL, bens avaliados em R$ 15,5 mil.

Além dos depoimentos dos três participantes do crime e testemunhas, a investigação da Derf conseguiu provas materiais, como os celulares da vítima, encontrados na fossa da casa de Jéssica. Os aparelhos foram encaminhado para a perícia.

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