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30/07/2024 às 15:31, Atualizado em 30/07/2024 às 13:24

Polícia Civil do Paraná investiga em MS grupo que aplicava golpe do falso empréstimo

Esquema teria causado prejuízo de R$ 3 milhões; além de MS, operação acontece simultaneamente nos estados do Paraná, Bahia e Piauí

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Polícia Civil do Paraná investiga em MS grupo que aplicava golpe do falso empréstimo - Divulgação: Polícia Civil do Paraná

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagra nesta terça-feira (30) a Operação Fallen Fox, que cumpre 79 mandados judiciais contra uma organização criminosa especializada em golpes de falsos empréstimos em todo o país. As ações acontecem simultaneamente em Mato Grosso do Sul, Bahia, Piauí e no Paraná.

Investigações apontaram que o esquema teria causado prejuízo de aproximadamente R$ 3 milhões às vítimas em menos de um ano.

EscrDivulgação: Polícia Civil do Paraná

Dentre os 79 mandados, 43 são de prisão e 36 de busca e apreensão. Também são adotadas medidas patrimoniais de bloqueio de bens e valores em contas bancárias e aplicações financeiras. Os investigados responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Como funcionava o esquema?

A organização criminosa criava anúncios fraudulentos em plataformas online, e direcionava as pessoas para falsos atendentes que se passavam por funcionários de instituições financeiras.

Um dos criminosos recebia R$ 60 mil por mês pela criação dos anúncios fraudulentos. As vítimas eram atraídas por promessas de empréstimos com taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado.

"Os golpistas agiam de forma meticulosa, criando uma falsa sensação de segurança nas vítimas. Utilizavam linguagem técnica bancária e ofereciam condições aparentemente vantajosas. Antes da suposta liberação do crédito, exigiam o pagamento de diversas taxas fictícias, como comprovação de renda, aumento de score de crédito, IOF e Imposto de Renda. Todo esse processo era feito de maneira tão convincente que muitas vítimas só percebiam o golpe após terem perdido quantias significativas", explicou o delegado Ricardo Casanova, da PCPR.

Os depósitos eram feitos em contas de operadores financeiros responsáveis pela movimentação do dinheiro e repasse aos líderes da organização. A organização utilizava o DDD 11 para simular uma localização em São Paulo para tentar aumentar a credibilidade dos golpes.

Fallen Fox

A Fallen Fox é um desdobramento da operação Downfall, realizada em 4 de maio de 2023 pela PCPR e pela Polícia Federal, com o objetivo de reprimir o tráfico internacional e interestadual de drogas. Durante as investigações daquela operação, a PCPR identificou o envolvimento de alguns membros da organização com golpes de falso empréstimo, o que motivou a deflagração da nova investigação.

Na Downfall, 28 pessoas foram presas e 87 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em oito estados. Um dos investigados teve apreendido cerca de R$ 900 mil em um de seus endereços e em outro imóvel foi descoberta uma central telefônica usada para aplicar golpes de falsos empréstimos.

O principal operador também comandava um esquema com falsos atendentes que se passavam por funcionários de uma instituição bancária, oferecendo empréstimos a taxas de juros significativamente mais baixas que as do mercado.

Saiba: A escolha do nome Fallen Fox para a operação não foi aleatória. Ela se baseia na habilidade dos criminosos em enganar suas vítimas, característica frequentemente associadas à figura da raposa. A organização criminosa agia de maneira sorrateira e meticulosa, criando uma falsa sensação de segurança para suas vítimas antes de aplicar os golpes. O Fallen (queda) simboliza o desmantelamento dessa rede.

Como se proteger

O delegado Emmanoel David, da Polícia Civil do Paraná, destacou a importância do cidadão se proteger contra esse tipo de golpe.

"Recomendamos que os cidadãos estejam sempre alertas, especialmente quando se trata de ofertas de empréstimos online. Desconfie de taxas de juros muito abaixo do mercado e nunca faça pagamentos antecipados para liberação de crédito. É crucial verificar a autenticidade da instituição financeira, utilizando apenas os canais oficiais dos bancos para obter informações", alertou.

Com informações do Governo do Estado do Paraná

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