Publicado em 01/10/2023 às 13:00, Atualizado em 01/10/2023 às 11:44

Polícia Ambiental resgata cachorra com larvas enroscada em arame e porco doente em sítio

Uma leitoa em decomposição também foi encontrada. Sitiante foi multado em R$ 12 mil.

Redação,
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Cachorra é encontrada presa e enroscada em arame, em Rosana (SP) — Foto: Polícia Ambiental

Um homem, de 63 anos, foi multado em R$ 12 mil na sexta-feira (29) por maus-tratos a porcos e uma cachorra, em Rosana (SP).

A Polícia Militar Ambiental foi até o assentamento Gleba XV de Novembro atender uma denúncia de maus-tratos contra uma cadela, que estaria doente e sendo mantida amarrada em uma árvore sem alimentação e água, conforme o site g1.

Ao chegar na propriedade rural, os agentes encontraram o animal em situação crítica de saúde, pois estava magro e com uma lesão no dorso tomada por larvas.

Além disso, a cachorra estava presa em uma corrente curta e enroscada em vários fios de arame, não conseguindo se locomover. Ela também estava sem alimentação e água disponíveis.

O dono do sítio informou que mantinha a cadela presa pois ela já havia matado sete carneiros e que vinha tratando a “bicheira” apenas com o medicamento Lepecid.

Conforme a Polícia Ambiental, ela foi resgatada e levada até uma clínica veterinária, que prestou o atendimento emergencial e forneceu medicação. A cachorra precisou ficar internado para dar continuidade ao tratamento.

Porco em decomposição e doente

Ainda durante vistoria no sítio, os policiais encontraram uma leitoa morta em estado de decomposição, tomada por moscas e larvas no chiqueiro.

No compartimento ao lado, ainda localizaram um porco em estado de magreza, com respiração ofegante e pernas cambaleantes.

Devido a situação precária, foi solicitada a presença da equipe da Vigilância Sanitária Municipal e uma médica veterinária, que constatou que o porco estava caquético, com anorexia, dispneia e hipotonia muscular.

O dono do sítio informou que a leitoa que estava morta havia engolido sacolas plásticas e, após evacuação, não conseguiu ficar em pé e morreu dias depois. Ele ainda disse que apenas forneceu cálcio ao animal, sem qualquer acompanhamento especializado.

Sobre a leitoa ainda estar no local mesmo após ter morrido, disse que não a enterrou pois estava aguardando a decomposição ser concluída para enterrar apenas os ossos depois.

A respeito do porco vivo, o idoso alegou que vem fornecendo ração diariamente, mas o animal não apresenta melhoras e não procurou um médico veterinário.

Multa de R$ 12 mil. Diante dos fatos, o envolvido ainda responderá criminalmente pelos atos praticados.