A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul instaurou inquérito para apurar a situação ocorrida envolvendo humilhações e furto de munições em um quartel da PM na região sul do Estado, na segunda-feira (25). Um policial teria acusado dois sargentos do furto.
Segundo denúncias, um policial aspirante a oficial teria acusado dois sargentos, dois cabos e dois soldados de terem furtado duas munições. Ocorre que, conforme o denunciante, o aspirante teria esquecido a arma de fogo com os carregadores na cozinha por volta das 12 horas do último domingo (24) e só se deu conta por volta das 7h de segunda-feira (25).
“Ele colocou os seis policiais em forma e no meio do pátio do quartel, proferindo palavrões, revistou os pertences pessoais de cada um, inclusive da policial feminina, expondo material íntimo dela”, explicou.
O aspirante chegou a ser questionado sobre a revista na policial feminina, pois deveria ser feita por outra policial, momento em que ele teria gritado: “Cala boca, seu moleque”. Teria dito ainda: “Vou ferrar com todos vocês”.
A revista nos seis policiais ocorreu na frente dos policiais que trabalham no administrativo, assim como na frente de servidores civis e pessoas que passavam na frente do quartel.
“Os policiais saíram humilhados, em choque e muito emocionados devido à humilhação e constrangimento. São policiais com comportamento excepcional e conduta com reconhecimento da população”, disse o denunciante.
A ACS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares e Mato Grosso do Sul) e o comando tomaram consciência da situação, inclusive foi aberta uma portaria para apurar por que o aspirante colocou todos em forma, tanto quem entrava ou saía do quartel, segundo a ACS.
Todos os envolvidos serão ouvidos ainda nesta semana. Foi solicitado apoio jurídico da ACS e também será avaliada a possibilidade de encaminhar o autor ao FAF (Fundo de Assistência Feminina ao Policial Militar do MS) por conta da atitude dele.
Em nota, a PM disse que instaurou inquérito Policial Militar para investigar os fatos. O prazo é de 40 dias. “Não podemos antecipar qualquer juízo de valor para não interferir nas investigações”.
Conteúdo - Midiamax
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