Publicado em 27/04/2023 às 13:00, Atualizado em 27/04/2023 às 10:38

PF prende integrantes de organização que usa Correios para tráfico

Entre os itens apreendidos estão veículos de luxo de propriedade dos suspeitos

Redação,

Oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que usa o serviço dos Correios para enviar drogas do Mato Grosso do Sul para o Espírito Santo foram presas em uma operação da Força-Tarefa de Segurança Pública do Espírito santo na manhã desta quarta-feira, dia 26 de abril. As prisões foram feitas nos dois estados.

De acordo com a PF (Polícia Federal), ao todo, 12 mandados de prisão foram emitidos. Para o Espírito Santo, foram sete. Desses, cinco suspeitos foram presos no estado capixaba e dois estão foragidos. No Mato Grosso do Sul, foram cinco mandados, sendo que três pessoas foram presas e duas permaneciam foragidas até a publicação desta reportagem.

Além dos mandados de prisão, foram emitidos 27 mandados de busca e apreensão na Operação Cash, sendo 12 cumpridos no Espírito Santo.

Entre os itens apreendidos estão veículos de luxo de propriedade dos suspeitos.

Ainda segundo a PF, foi determinado o bloqueio de R$ 500 mil de contas dos investigados.

"Com as medidas cumpridas nesta manhã, a Força-Tarefa considera que todos os envolvidos na organização foram identificados e agora seguirão à disposição da Justiça competente para responderem ao processo criminal", informou a PF.

Os suspeitos não tiveram os nomes divulgados.

A PF informou que a investigação da Operação Cash teve início em fevereiro de 2022 quando a Polícia Militar apreendeu mais de R$ 800 mil em dinheiro com dois suspeitos. Por não ser considerado crime transportar dinheiro, não houve autuação. Porém, foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos.

No decorrer das investigações foi identificada uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, utilizando-se contas de “laranjas” para a movimentação dos valores.

Segundo a PF, a droga era adquirida no Mato Grosso do Sul, transportada ou entregue pelos Correios aos demais integrantes da organização criminosa e depois era distribuída em solo capixaba.

Os investigados responderão pela prática do delito de associação para o tráfico, tráfico interestadual de drogas, organização criminosa e lavagem de capitais. Somadas, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Fonte - G 1