Publicado em 03/10/2025 às 14:01, Atualizado em 03/10/2025 às 12:52
Empresas de fachada emitiram mais de R$ 18 milhões em notas fiscais falsas e realizaram movimentação atípica de R$ 290 milhões
Polícia Federal (PF), Receita Federal do Brasil (RFB) e Ministério Público Federal (MPF) combatem crimes de descaminho e lavagem de dinheiro, nesta sexta-feira (3), durante a Operação Ligação Familiar, em Mato Grosso do Sul.
Ao todo, 29 policiais federais, 14 auditores fiscais e 16 analistas tributários cumprem 10 mandados de busca e apreensão.
Conforme apurado pela reportagem, celulares de alto valor (Iphones), de origem estrangeira, com notas fiscais falsas, entravam no país de maneira ilegal, sem declaração de importação. Em seguida, a mercadoria era transportada, com notas fiscais frias, da fronteira até lojas de eletrônicos em Campo Grande (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS).
O produto era divulgado pela internet por empresas de fachada e vendido com nota fiscal falsa.
As empresas de fachada seriam de um grupo de irmãos e amigos próximos. Eles vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e descaminho.
A investigação aponta que as noteiras emitiram mais de R$ 18 milhões em notas fiscais de vendas entre janeiro de 2020 a abril de 2025.
Além disso, a PF descobriu movimentação atípica de R$ 290 milhões, quantia que foi ocultada pelas empresas de fachada.
As informações fiscais dos sócios dessas empresas apontam indícios de movimentação financeira incompatível, ocultação de renda e patrimônio, enriquecimento ilícito, além de outros indícios de fraudes tributárias.
Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.
Com informações do Correio do Estado