Publicado em 07/10/2023 às 16:35, Atualizado em 07/10/2023 às 12:41

Pecuarista acusado de investir R$ 1 milhão no tráfico vai cumprir prisão em condomínio de luxo

A decisão do juiz, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, foi publicada nesta quinta-feira (5) no Diário Oficial da Justiça.

Redação,

O pecuarista, de 43 anos, acusado de investir R$ 1 milhão no tráfico de drogas, teve a prisão preventiva convertida em domiciliar e vai ficar detido na casa localizada em um condomínio de luxo, em Campo Grande, capital do MS. A decisão do juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, foi publicada na quinta-feira (5) no Diário Oficial da Justiça,conforme o site o Jacaré.

“A razão assiste ao embargante, desta maneira corrijo a decisão embargada e determino ao pecuarista“, pontuou o magistrado. “Assim, com base no artigo 318 do Código de Processo Penal e em conformidade com os princípios constitucionais, CONVERTO a prisão preventiva em PRISÃO DOMICILIAR, a ser cumprida no endereço… Residencial Damha II”, determinou Barbosa.

Alvo da Operação Traquetos, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o pecuarista vai ser obrigado a cumprir “as seguintes medidas cautelares: I) comparecer mensalmente em juízo, para comprovar suas atividades e seu endereço e número de celular atualizados; II) não se ausentar desta comarca sem prévia autorização deste juízo; III) não se ausentar do país; IV) comparecer a todos os atos do processo, quando devidamente intimado; V) recolhimento domiciliar obrigatório por 24h por dia”.

“Fica autorizado sair por emergência médica, consultas e procedimentos médicos, bem como para vir ao Fórum pessoalmente a cada mês, sob pena de eventual restabelecimento de sua prisão.”, afirmou o juiz.

Para o Gaeco, o pecuarista não se envolvia diretamente na compra e venda de entorpecentes, mas ele atuava como investidor. Ele teria aplicado R$ 1 milhão no tráfico porque a “atividade que lhe remunerava com muito mais rentabilidade do que as aplicações financeiras de mercado”.

“Na condição de financiador, o acusado não tinha nenhum contato com a droga, mas como garantia de seu investimento passou a reter veículos em sua residência, localizado em um condomínio de alto padrão desta Capital”, diz o Gaeco. Ele também obteve notas promissórias dos acusados de integrar a organização criminosa para garantir o retorno do investimento.