Publicado em 12/08/2023 às 07:01, Atualizado em 11/08/2023 às 15:14
De acordo com a investigação, a menina foi vítima de abusos sexuais dos 11 aos 14 anos, quando deu à luz, em Campo Grande.
Um padrasto foi condenado a 30 anos de prisão por estuprar e engravidar a própria enteada, em Campo Grande. O abusador vai responder pelo crime de estupro de vulnerável. A sentença foi proferida na Vara Especializada em Crimes Contra a Criança e Adolescente (Veca) na quinta-feira (10), segundo o G1.
De acordo com a investigação do caso, a menina foi estuprada pelo padrasto dos 11 anos 14 anos, quando a menina deu à luz.
Segundo a denúncia, a polícia militar foi acionada pela equipe do Hospital Universitário após a adolescente ter dado luz. Ainda durante o atendimento médico, a menina revelou que o pai do recém-nascido era o padrasto.
Logo após, o homem foi abordo pelos policiais dentro do próprio hospital e confirmou os abusos. O abusador aproveitava de momentos a sós com a adolescente para praticar os crimes sexuais.
Embora o réu tenha alegado não ter praticado violência ou grave ameaça, há confissão em relação à prática de conjunção carnal, não restando dúvida da autoria do crime.
“Há nos autos um conjunto probatório harmônico e suficiente que demonstra de forma firme, segura e inconcussa que o acusado praticou conjunção carnal com vítima menor de 14 anos”, escreveu o juiz Robson Celeste Candeloro ao proferir a sentença condenatória.
Pena
Na dosimetria da pena, o magistrado aplicou a pena-base de 8 anos pelo crime, agravou para 12 anos em razão de ser o réu padrasto da vítima, aumentou para 18 anos considerando que resultou em gravidez; considerou ainda que a vítima foi abusada inúmeras vezes em continuação delitiva dos 11 aos 14 anos de idade, aumentando para 30 anos de reclusão, pena definitiva a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Desta forma, além da pena de 30 anos de reclusão, o juiz fixou em R$ 10 mil o valor da reparação mínima por danos morais e decretou a prisão preventiva do condenado.