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08/11/2022 às 10:40, Atualizado em 08/11/2022 às 13:42

Operação prende funcionários do Detran que fraudavam documentos de veículos

As informações são de que veículos irregulares, até mesmo de outros estados, seriam regularizados, mediante inserção de documentos falsos e pagamento de propina a servidores

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Divulgação Polícia Civil do MS

Operação resfriamento realizada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) da Polícia Civil na manhã desta terça-feira (8), resultou na prisão temporária do servidor do Detran (Departamento de Trânsito) de Juti por esquema de fraude em documentos de veículos.

A investigação aponta que acontecia um esquema de emissão de documentos veiculares irregulares na agencia do Detran da cidade. Os veículos irregulares, até mesmo de outros estados, eram regularizados, mediante inserção de documentos falsos e pagamento de propina a servidores, sem nunca ter passado por vistorias de segurança ou mesmo ingressado no Estado.

De acordo com o que é apurado no Inquérito Policial e informações compartilhadas a partir da apuração na COTRA, foram regularizadas duas carretas com quatro eixos, sem a devida apresentação do CSV (Certificado de Segurança Veicula), quando também era terminantemente proibida a circulação de veículos de quatro eixos.

Além das irregularidades da composição do veículo e da ausência da apresentação de documentos de segurança obrigatório, foi verificado ainda que os proprietários do veículos residem fora do Estado e foi utilizado endereço falso para a efetivação da fraude.

Ainda segundo a polícia, mesmo com um endereço evidentemente fraudulento, da cidade de Dourados e as inúmeras outras irregularidades, a agência de trânsito permitiu a emissão dos documentos dos veículos. O processo foi feito em Juti, e intermediado por um mesmo despachante, com escritório na cidade de Dourados.

São apurados inúmeros outros veículos que teriam sido regularizados indevidamente na agência, com circulação de dinheiro entre o gerente da agência e pessoas a ele relacionadas. No total, os integrantes da organização teriam movimentado mais de R$ 17 milhões de reais, em menos de dois anos.

Foi realizada a prisão temporária de servidor do Detran, quem teria sido responsável pela liberação irregulares dos veículos, e do despachante que intermediou o processo. Os pedidos foram deferidos por decisão judicial e durante o cumprimento, nesta manhã, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos diversos veículos, dentre carros de alto valor, motocicletas, documentos e valores em espécie, que ainda estão sendo contabilizados pelas equipes que participam da operação.

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