Publicado em 06/01/2022 às 14:00, Atualizado em 06/01/2022 às 14:21
As ações foram acompanhadas pela Corregedoria-Geral da Agepen e tiveram apoio da Direção do Órgão Penitenciário, que desde o início das investigações.
A Polícia Civil, por meio do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), deflagrou na manhã desta quinta-feira, (6/1) a Operação denominada "La Catedral" em repressão qualificada a crimes de corrupção e correlatos.
Ao todo, cinco policiais penais foram presos temporariamente e afastados cautelarmente de suas funções públicas por ordem judicial a pedido do Departamento, bem como, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Ponta Porã com arrecadações efetivadas junto aos imóveis dos servidores públicos, bem como, no Presídio Ricardo Brandão, na cidade de fronteira.
As ações foram acompanhadas pela Corregedoria-Geral da Agepen e tiveram apoio da Direção do Órgão Penitenciário, que desde o início das investigações.
A operação
As investigações desenvolvidas pelo Dracco materializaram a existência de organização criminosa integrada por policiais penais envolvidos na prática de diversas infrações penais, tais como, concussão, corrupção passiva, favorecimento para entrada de celulares, dentre outros.
As provas foram colhidas com apoio da Corregedoria da Agepen, resultando na apreensão de grande quantidade de bebidas alcoólicas no interior do presídio, celulares, drogas e dinheiro.
Também estão sendo apuradas às circunstâncias de fuga de dois internos, cujos indícios apontam envolvimento de funcionários públicos diante de recebimento de propina.
A apuração é presidida em torno de, ao menos, 19 crimes, dentre eles, organização criminosa, concussão, corrupção passiva e corrupção ativa, entradas irregulares de celulares intramuros, tráfico de drogas, bem como, diversas outras irregularidades, como a liberação e comércio de bebidas alcoólicas, carnes e drogas, em troca de propina.
Os presos foram encaminhados para a capital onde temporariamente ficarão custodiados no Centro de Triagem em Campo Grande.
A prisão tem prazo de cinco dias e visa garantir a eficiência nas investigações, impedindo que provas possam ser destruídas ou contaminadas.
O nome da Operação La Catedral faz referência a Penitenciária "construída" na Colômbia pelo narcotraficante internacional Pablo Escobar que era cheia de luxos e mordomias.