A Operação Ágata Fronteira Oeste II resultou em um prejuízo ao crime organizado estimado em R$ 157,8 milhões. A ação é comandada por forças de segurança pública dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Paraná há mais de 100 dias e deve continuar pelas próximas semanas.
O balanço da operação até o momento foi divulgado durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (22), no CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande.
Na última semana, as fiscalizações resultaram na apreensão de R$ 4 milhões de drogas em Mato Grosso do Sul. A 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal, em Corumbá, a 425 km da Capital, apreendeu cerca de 163 quilos de cocaína na “estrada do lixão”, na parte alta do município, na fronteira com a Bolívia.
Em cerca de três meses de operação, cerca de 45 pessoas foram detidas devido ao envolvimento de ilícitos.
Confira o balanço da operação que resultou em valor estimado de R$ 157,8 milhões:
Apreensão de mais de 25,6 toneladas de drogas;
R$ 9,7 milhões em valor de veículos apreendidos;
Mais de 222,368 pacotes de cigarros apreendidos;
R$ 54,8 milhões em valor de escavadeiras.
Foram empenhados dois mil militares do Exército Brasileiro todos os dias para a operação, além de militares das outras forças de segurança. Os principais produtos apreendidos durante a operação de fiscalização nas fronteiras dos três estados são as drogas.
“Tem variado de estado para estado devido ao tamanho da fronteira, mas tráfico de drogas é o que tem gerado as maiores apreensões do ilícito. Também há muito descaminho de cargas de cigarros, mas o tráfico de drogas é o que tem gerado mais apreensões”, afirma o General de Exército André Luís Novaes Miranda, comandante de operações terrestres.
De acordo com os militares, um dos pontos altos dessa operação tem sido a troca de informações de capacidade e a sinergia entre as forças armadas com as agências.
A 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados, a 229 km de Campo Grande, apreendeu R$ 51 milhões e produtos ilícitos. Na lista estão 9,73 mil quilos de maconha, 112,45 quilos de pasta base de cocaína, 7 armas, 184.135 pacotes de cigarros e R$ 19 milhões contabilizados em materiais fruto de descaminho.
Centro de Monitoramento
O trabalho realizado na fronteira também conta com o apoio do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras). Nesse local, os militares monitoram 63 torres, a maioria do Ministério da Justiça e Segurança Pública, espalhadas pela fronteira de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Essas torres de telecomunicações passam as informações para os militares durante 24 horas por dia na sala de inteligência.
Como denunciar?
O general de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, comandante Militar do Oeste, afirma que a denúncia da população é fundamental no combate ao crime organizado.
“Nós percebemos que, além da atividade de inteligência, a gente precisa contar com a população. Temos um resultado positivo e inclusive pretendemos ampliar para o meio digital”, afirma.
Os interessados podem fazer denúncias sem custo e de forma anônima pelo telefone 0800 358 0007.
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