Publicado em 05/05/2023 às 16:32, Atualizado em 05/05/2023 às 15:51

OMS declara fim da emergência de saúde pública da covid-19

Pronunciamento foi feito durante coletiva com diretor-geral da organização nesta sexta-feira

Redação,
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Foto - Marcos Donzeli (arquivo Nova Noticias)

A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou que a covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii), colocando fim ao maior nível de alerta da entidade para a doença, decretado em março de 2020, há três anos atrás. Pronunciamento foi feito pelo diretor-geral da entidade Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (5).

A decisão, que não põe fim à pandemia, ocorreu após a 15ª reunião do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), nesta quinta-feira (4), que concluiu que, com a baixa dos casos e queda de hospitalização, a doença não representa mais preocupação para a saúde pública em nível mundial. O alto índice de pessoas vacinadas contra o vírus também serviu como embasamento para a decisão.

Durante coletiva, o diretor-geral da entidade Tedros Adhanom tratou a doença como uma endemia e declarou que o "vírus está aqui para ficar, ainda está matando e ainda está mudando", portanto, ressalta a necessidade de manter as medidas de prevenção adotadas, com destaque para a vacinação.

Vale ressaltar que, segundo a OMS, o termo pandemia descreve a disseminação de uma nova doença em vários continentes e faz referência à caraterização de uma situação. Já a Espii é o maior nível de alerta para uma doença definido pela entidade, importante para coordenar o andamento de uma emergência de saúde pública em escala global. Portanto, Adhanom não descarta a possibilidade de declarar nova emergência, se necessário.

Dados locais - Em Mato Grosso do Sul, houve registro de 304 novos casos de covid-19 na última semana, de acordo com o boletim divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), nesta terça-feira (2). No período, foi registrada apenas uma morte, de um idoso de 78 anos, que residia em Campo Grande e possuía comorbidades.

Nos últimos sete dias, 35, dos 79 municípios, registraram novos casos da doença. A Capital lidera a lista, com 147 ocorrências. Na sequência, vem Dourados (66), Chapadão do Sul (13), Guia Lopes da Laguna (7), Três Lagoas (7), Nova Andradina (6), Nova Alvorada do Sul (5), Paranaíba (5), Cassilândia (4), Ponta Porã (4) e Costa Rica (4).

Segundo o boletim, 11 pessoas estão internadas no Estado, sendo nove em leitos clínicos e duas aguardando por vaga em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) para o tratamento da doença. Atualmente, 1.209 pessoas estão em isolamento domiciliar.

Foram registrados 18,4 mil casos confirmados de covid-19 e 99 mortes em Mato Grosso do Sul em 2023. Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Estado registrou mais de 611,6 mil casos, dos quais 599,4 mil se recuperaram e 11.036 morreram.

Vacinação - O último balanço realizado pelo Governo do Estado revela que do público de 5 a 11 anos, 23,3% não tomaram a segunda dose. Já as pessoas entre 12 a 34 anos, 23,8% não tomaram o primeiro reforço. Pessoas com 35 anos ou mais representam 53,78% da população que não tomaram o segundo reforço.

Covid-19 - Segundo a OMS, a estimativa é de que a doença tenha matado mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo, além de registrar cerca de 764 milhões de casos. Segundo dados mais recentes, estima-se que pelo menos 5 bilhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina, em escala global.

No Brasil, segundo o painel de dados do Ministério da Saúde, até o momento, 701.494 pessoas morreram em decorrência da covid-19 e o País soma o total de 37.449.418 casos confirmados. - Com informações do Campograndenews