Publicado em 18/01/2023 às 12:30, Atualizado em 18/01/2023 às 11:12
A mulher conseguiu correr para fora da casa e gritar por socorro.
Uma jovem de 24 anos denunciou à polícia e pediu ajuda após ser agredida e ter os cinco filhos levados de casa enquanto havia saído para ir ao mercado em Campo Grande. À polícia, a mulher contou que o autor das agressões, tanto dela quanto dos filhos, seria um traficante e o motivo seria uma possível dívida com a mãe da jovem, que está presa.
No último domingo, dia 15 de janeiro, por volta das 11 horas, o ex-marido, de 24 anos, e pai dos cinco filhos da jovem chegou à residência. A mulher pediu para que ele cuidasse das crianças, de 7, 5, 3, 2 anos e outro bebê de 9 meses, enquanto ia ao mercado. Nesse tempo, seu pai ligou avisando que iria para sua casa ficar com os netos. Segundo a mulher, foram cerca de dez minutos até voltar e não encontrar, nem os filhos, nem o pai ou o ex-marido.
A mulher apenas os encontrou novamente às 17 horas, quando voltaram para casa. À polícia, a jovem contou que os filhos foram sequestrados por um traficante e que nesse tempo as crianças sofreram agressões físicas com arranhões e tapas. O filho mais velho, de 7 anos, foi agredido com um pedaço de pau nas solas dos pés. As crianças foram levadas para outro imóvel, o qual desconhece.
Segundo informações do site Midiamax, a jovem acredita que o motivo para as agressões seja uma dívida que a mãe dela, que atualmente está presa, tem com o traficante.
Na segunda-feira (16), por volta das 10 horas, o tal traficante bateu na porta da casa da vítima se identificando como seu ex-marido, porém acompanhado de outros três comparsas, e lhe agrediu com um soco no rosto.
A mulher conseguiu correr para fora da casa e gritar por socorro. Em seguida, pegou os filhos e correu pelas ruas do bairro até que um desconhecido a levou até a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher).
Questionada sobre o ex-marido e seu pai, a jovem contou que, mesmo após os dois serem sequestrados e torturados juntamente com as crianças, agiram como se nada tivesse acontecido, muito menos registraram ocorrência.
A mulher, que já havia registrado ocorrência contra o agressor por ameaça, foi abrigada pela Deam e o caso está sendo investigado como ameaça, tortura qualificada mediante sequestro e tortura qualificada se o crime for cometido contra criança.