Publicado em 01/03/2025 às 16:33, Atualizado em 01/03/2025 às 11:11

MP pede júri popular a estudante que matou corredora e aponta 3 crimes

O MP quer, ainda, que o universitário de 22 anos vá a júri popular.

Redação,

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofereceu denúncia contra o estudante de medicina João Vilela, que atropelou e matou a corredora Danielle Oliveira no último dia 15 na MS-010, em Campo Grande. Ele é acusado de três crimes: homicídio, tentativa de homicídio e embriaguez ao volante.

O órgão pede a abertura de ação penal com oitiva de Luciana Timóteo, que corria ao lado da vítima no momento do atropelamento, e sofreu escoriações, precisando de atendimento médico, fato que culminou na denúncia por tentativa de homicídio.

O MP quer, ainda, que o universitário de 22 anos vá a júri popular. Para a promotora de Justiça Lívia Guadanhim Bariani, mesmo estando com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool que havia ingerido, João assumiu o risco de dirigir seu carro.

Narra que o acusado fazia “zigue-zague” quando tentava ultrapassar no local, colidiu com as vítimas que estavam participando de um treino de corrida, com outros corredores e com carros de apoio.

“O denunciado iniciou a condução de seu veículo assumindo o risco de produzir o resultado morte, denotando-se sua indiferença à integridade física alheia, visto que estava consciente do perigo concreto que poderia causar. Assim, acabou por colidir contra as vítimas”.

Outras quatro testemunhas que presenciaram o ocorrido foram arroladas e devem ser ouvidas. O universitário está preso desde então. Ele é natural de Piranhas, Goiás, estuda medicina na FAMP (Faculdade Morgana Potrich), em Mineiros (GO), e estava há um mês realizando o internato na Santa Casa de Campo Grande.

Trâmite

Diante da denúncia, o juiz da 6ª Vara Criminal, Marcio Alexandre Wust, declarou incompetência daquele juízo e encaminhou os autos ao Tribunal do Júri.

Conforme o CPP (Código de Processo Penal), “compete ao Tribunal do Júri conhecer e julgar os crimes praticados contra a vida e os crimes a eles conexos”.

A defesa do denunciado entrou com pedido de liberdade provisória mediante imposição de medidas cautelares, porém ainda não há resposta.