Ministério Público acusa assassino de radiologista de frieza e crueldade

Antonio Carlos Medeiros Veiga, de 55 anos, continua preso após matar Fabiano Shimidt, no dia 8 de maio, no bairro Colibri, em Campo Grande. A vítima estava em um bar localizado na rua Catuaba quando foi assassinada.

Fabiano estava mantendo um relacionamento com a ex-mulher de Antonio, e ele o assassinou por não aceitar a nova relação.

O Ministério Público Estadual ofereceu denúncia conta o acusado por homicídio impelido por motivo torpe, e utilizando de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Antonio permaneceu com a mulher por sete anos. A relação havia acabado em 2021 quando a mulher iniciou o relacionamento com Fabiano.

Segundo a vítima, Antonio não aceitava a situação e queria proibi-la de manter contato com Fabiano, até que ela registrou boletim de ocorrência e pediu medida protetiva ainda em 2021.

O caso

O assassinato ocorreu o mês passado, quando Fabiano e a mulher foram até o bar no bairro em que residem. Eles passaram a ingerir bebida alcoólica quando Antonio chegou ao local em uma motocicleta e os abordou.

Antonio estava armado e tentou atirar contra Fabiano, mas inicialmente foi impedido pela ex-mulher que entrou na frente e tentou segurá-lo, porém, ao se desvencilhar, o autor atirou por diversas vezes contra a vítima e fugiu.

Antônio compareceu à 5ª Delegacia de Polícia Civil em 13 de maio e, durante o depoimento, alegou legítima defesa, mas a tese é descartada pelo MP.

Para o órgão, o autor agiu com frieza e ciúme doentio que nutria pela ex-mulher. Ele não aceita o fim do relacionamento e nem que ela estivesse com outra pessoa.

Ainda segundo o MP, Antonio quebrou a medida protetiva e também cometeu o crime de porte ilegal de arma de fogo. Além disso, não deu tempo para que a vítima se defendesse já que a surpreendeu em momento de lazer com a namorada.