Publicado em 06/12/2018 às 17:13, Atualizado em 06/12/2018 às 17:16
"Apanhou com mochila lotada de livros", diz diretor.
Gabriela Ximenes de Souza, 10 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (06) no pronto-socorro da Santa Casa, uma semana após ser espancada por alunas na Escola Lino Vilacha, onde estudava, no bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande.
O diretor da escola, Olívio Mangolim, informou ao Correio do Estado que soube do caso somente depois do acontecido. "O pai veio na escola, fez um relato do acontecido, que ocorreu fora da escola, cerca de uns 300 metros", explicou.
Segundo o diretor, no dia do ocorrido, no dia 29 de novembro, a menina chegou a ser atendida por um professor de educação física, com formação de primeiros socorros,
"O professor estava em uma lojinha aqui próximo, contou que a menina levou uma 'mochilada', uma bolsada nas costas. Ele foi até a Gabriela e prestou os primeiros socorros até a chegada dos Bombeiros", ressaltou.
Mangolim explicou ainda que antes do ocorrido não chegou nenhuma notificação de briga entre as meninas suspeitas da agressão e a vítima.
"Em nenhum momento fomos notificados. Temos projetos na prevenção à violência dentro da escola, nós pensamos na prevenção. Não gostamos de chorar o leite derramado", lamentou o diretor.
Gabriela teve uma piora no quadro após ser atendida e receber alta para repouso em sua casa.
Nesta manhã, a criança sentiu muitas dores e foi levada à Santa Casa novamente, onde após complicações no quadro da paciente, morreu.
Segundo a assessoria da Santa Casa, no momento em que Gabriela foi atendida no hospital, no dia da agressão, apresentou hematomas por pancadas nas costas, não foi constatado nenhum órgão interno afetado e não apresentou nenhuma fratura visível.
Já nesta manhã, após retornar ao pronto-socorro, a menina apresentou uma 'infecção no quadril', quando foi identificada a infecção.
A criança foi encaminhada às pressas para a sala de operação, pois se tratava de uma infecção generalizada.
Foram feitos os procedimentos devidos para operação, porém, na sala de operação, Gabriela teve três paradas cardíacas. Na sequências, sofreu outras cinco paradas, vindo a óbito.
Ainda de acordo com a Santa Casa, antes de receber alta médica, no dia do fato, a menina recebeu medicamentos contra infecção.
O caso foi registrado na delegacia de plantão do Centro, mas sderia investigado pela especializada em crianças e adolescentes.
Conteúdo - Correio do Estado
