Um dos motivos que embasaram o pedido de prisão preventiva do cantor sertanejo Gusttavo Lima pela Justiça de Pernambuco foi que, segundo a juíza Andréa Calado da Cruz, ele teria dado “guarida a foragidos”.
A CNN Brasil teve acesso à decisão, que diz: “É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta série as questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, destaca a magistrada.
A Justiça também aponta a proximidade de Gusttavo Lima com foragidos. “No dia 7 de setembro de 2024, o avião de matrícula PS-GSG retornou ao Brasil, após fazer escalas em Kavala, Atenas e Ilhas Canárias, pousando na manhã do dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de Santa Genoveva, em Goiânia. Curiosamente, José André e Aislla não estavam a bordo, o que indica de maneira contundente que optaram por permanecer na Europa para evitar a Justiça”, aponta.
A investigação da Polícia Civil também diz que a empresa Na Balada Eventos, que tem Gusttavo como dono, ocultou valores provenientes dos jogos ilegais, em reais, dólares e euro.
A investigação teve início em dezembro de 2022, após a apreensão de aproximadamente R$ 180 mil. Desde então, a operação vem ampliando o leque de informações e dados coletados.
Nota da defesa
A defesa de Gusttavo Lima divulgou, na noite desta segunda-feira (23), uma nota sobre o pedido de prisão do cantor, emitida pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal de Recife.
A nota diz que a defesa ficou sabendo do pedido de prisão pela mídia, que medidas cabíveis já estão sendo tomadas e que “é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.”
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