A Justiça concedeu neste domingo (31), em audiência de custódia, liberdade provisória ao policial militar de 32 anos, que foi preso na noite de sexta-feira (29), após matar com tiro um cachorro, no bairro Tijuca, em Campo Grande. Segundo as testemunhas, o disparo foi feito para proteger o filho do militar, de 2 anos, que seria atacado.
Conforme apurado, a bala atravessou o corpo do cachorro da raça Rottweiler e atingiu um outro, que morreu ainda no local do crime. O animal baleado passou pelo veterinário e foi liberado.
As testemunhas relataram que o policial passeava com a mulher e o filho quando houve o ataque. As autoridades foram acionadas e o militar levado para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol.
Segundo a Polícia Militar (PM), o homem é soldado e não possuía autorização para usar a arma da corporação em vias públicas. Ele foi preso em flagrante por maus-tratos e também por porte ilegal de arma de fogo, já que ainda estava fazendo o curso de formação da PM.
Ao g1, a dona dos cães, que preferiu não se identificar, informou que os cães não são agressivos e que não tinham o costume de atacar. A tutora vai responder em liberdade por omissão de guarda de animais.
Em nota, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), que irá instaurar uma investigação interna, a fim de apurar a conduta do militar. Veja a nota na íntegra:
"Na noite desta sexta-feira no B. jardim Tijuca um Policial Militar (32 anos) passeava com sua família quando em certo momento efetuou disparos de arma de fogo contra alguns cachorros agressivos que estavam soltos na via pública. Foi confeccionado um boletim de ocorrência de natureza omissão de cautela em desfavor do proprietário (34 anos) dos animais e porte ilegal de arma de fogo em desfavor do militar o qual encontra-se detido no Presídio Militar aguardando deliberação judicial. A PMMS esclarece que irá instaurar uma investigação interna, a fim de apurar a conduta do militar".
O crime de porte ilegal de arma de fogo será investigado pela 6ª Delegacia de Polícia e o de maus-tratos pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat).
Na audiência de custódia deste domingo, o juiz homologou o auto de prisão em flagrante, antes de conceder a liberdade provisória e apontou que o PM deverá comparecer em todos os atos do processo e não pode se mudar de endereço sem previa comunicação.
Com informações do Portal G1
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