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14/08/2023 às 17:00, Atualizado em 14/08/2023 às 15:47

Jovem morre durante abordagem policial: PM diz que ele estava armado e apontou revólver para militares

Caso ocorreu na madrugada desta segunda-feira (14), no Jardim Centenário, em Campo Grande

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Foto - Divulgação redes sociais

Um jovem de 23 anos morreu durante uma abordagem da Polícia Militar, na madrugada desta segunda-feira (14), no Jardim Centenário, em Campo Grande. 

Segundo a PM, ele estava armado e apontou uma arma para os policiais após descer do carro onde estava com duas menores de idade.

Ainda conforme a PM, após a ameaça com a arma os militares atiraram no jovem. O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar socorro, mas ele morreu no local.

De acordo com a PM, o carro onde estava o jovem, identificado como Gabriel Rojas Luna, de 23 anos, foi abordado após a corporação receber uma denúncia anônima de que um homem armado estava circulando de carro na região da avenida Gunter Hans, publicou o G1.

As menores que estavam com a vítima foram levadas para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, onde prestam depoimento. O caso foi registrado como homicídio decorrente de intervenção policial.

Mãe contesta versão da PM

Rosana Rojas, de 42 anos, mãe de Gabriel Rojas Luna, 23, contesta a informação da Polícia Militar sobre a ocorrência que terminou na morte do filho na madrugada desta segunda-feira (14), no Jardim Centenário, em Campo Grande. Os policiais descrevem que Gabriel sacou uma arma de fogo após ser abordado, contudo, a mãe afirma: "ele não tinha arma".

Rosana conta que o filho voltava de uma festa e deu carona para as amigas. "Ele saiu do serviço 22 horas, foi em casa, jantou, tomou banho e foi para a festa", lembra a mãe. Durante a madrugada, ela foi informada que o filho teria se envolvido em acidente, mas ao chegar no local, o encontrou ferido a tiro.

A informação é a mesma dada pelas outras três meninas que estavam com Gabriel no carro, segundo o Campograndenews. "Quando fomos abordados ele [Gabriel] falou: 'vamos parar, é rotina', e já desceu com a mão na cabeça. Depois só escutamos os tiros", descreve uma das meninas que pediu para ter o nome preservado. "A gente viu eles colocando a arma", completa.

A mãe de Gabriel autorizou a doação das córneas e pede justiça. "Era um excelente filho, trabalhador e gostava de festa. Saía, jogava sinuca, era o que ele gostava. O Gabriel nunca reagiria a uma abordagem", lamenta Rosana.

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