Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) cumprem mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (30) em Ivinhema. Entre os alvos está o prefeito reeleito Juliano Ferro (PSDB).
O Campo Grande News apurou que equipes do grupo especial foram vistas na residência de Juliano Ferro, em uma das unidades do Alvorada Supermercado, na casa da proprietária do estabelecimento e na Alvorada Multimarcas, na área central da cidade.
Há informações não confirmadas de que um vereador eleito, policial militar, também seria alvo de mandado, cumprido com apoio da Corregedoria da Polícia Militar.
Tanto o supermercado quanto a garagem são da família de L. V. S. M., dono da caminhonete importada Silverado preta apreendida pela Polícia Federal no dia 15 deste mês, no âmbito da Operação Defray.
No mesmo dia da operação, o empresário postou vídeo em grupos de WhatsApp debochando da apreensão da caminhonete, afirmando que já havia encomendado outra do mesmo modelo.
“Levou a Silverado, mas já pedi uma branca, se f..., to nem vendo, deixa arder. Tão achando que nós tá guardado, onde nós ta”, diz o rapaz segurando uma garrafa de cerveja e mostrando ele e os amigos na lancha. No dia seguinte, pediu desculpas e negou ter debochado da PF.
Avaliada em R$ 519 mil, a caminhonete Silverado preta pertenceu a Juliano Ferro. O prefeito havia comprado o veículo importado do comerciante L. C. H., 65, acusado de envolvimento com o tráfico de drogas.
Honório foi preso em agosto deste ano no âmbito da Operação Lepidosiren, mas obteve liberdade provisória no dia 19 deste mês e atualmente está em casa, monitorado por tornozeleira eletrônica.
O advogado de Juliano Ferro, João Comiran, confirmou ao Campo Grande News que a casa do prefeito foi alvo de mandado de busca nesta manhã. Ele disse que ainda não teve acesso a detalhes do procedimento.
Juliano Ferro é investigado em inquérito da Polícia Federal por omitir da Justiça Eleitoral a Silverado preta e outra caminhonete importada, uma Dodge RAM.
A defesa dele nega ilegalidade e diz que os veículos não foram incluídos na declaração de bens porque não estavam registrados em nome do prefeito. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre a operação em Ivinhema.
O Nova Noticias, aguarda uma nota oficial do chefe do executivo de Ivinhema. O espaço segue aberto.
As investigações revelaram que um veículo de luxo, do tipo caminhonete, que pertenceu ao prefeito municipal e, também, a um empresário local, ainda que sem registro formalizado em nome de qualquer deles, acabou tendo sua transferência efetivada, em sequência, para o nome de dois policiais militares deste Estado, baseada em documentação falsificada.
A transferência ocorreu em junho de 2023, perante o Detran em Maracaju, todavia, o proprietário do bem junto ao órgão de trânsito já havia falecido há mais de 3 anos, o que demonstra a falsificação.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos R$ 79 mil em dinheiro, além de armas, carregadores e munições, segundo a assessoria do MP.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.