Lucas Pergentino Câmara foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão pelo feminicídio de Maria Graziele Elias de Souza, que morreu aos 21 anos, em abril de 2020. O julgamento ocorreu, nesta terça-feira (17), no Tribunal do Júri de Campo Grande. A informação é do site g1.
O júri de Lucas foi marcado por várias falas machistas e tentativas de desqualificar a vítima, que foi morto com golpe de braço e teve o corpo ocultado pelo então marido.
O julgamento de Lucas começou às 8 horas. No Conselho de Sentença, 7 mulheres. Para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a vítima foi morta por colocar um fim a relacionamento abusivo de 8 anos, iniciado quando a mulher ainda tinha 12 anos.
As sete juradas votaram por condenar Lucas por homicídio duplamente qualificado (inclusive por feminicídio) e por ocultação de cadáver. A pena, definida pelo juiz Carlos Alberto Garcete, somou 18 anos e seis meses – 17 anos pelo assassinato e 1 anos e seis meses por esconder a vítima da família.
O crime
De acordo com a investigação, a jovem desapareceu no dia 14 de abril de 2020 em Campo Grande e teve o corpo encontrado dias depois, na BR-262, com o rosto desfigurado e em avançado estado de decomposição. Segundo familiares, Lucas e Maria Graziele tinham se separado há cerca de dois meses, depois de 8 anos de relacionamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-MS), o acusado manteve relacionamento com a vítima, a estudante de estética Maria Graziele de Souza, por 8 anos.
Em março de 2020, a jovem decidiu terminar a união, porque o companheiro se apresentava extremamente ciumento e possessivo. Inclusive, a polícia apurou que ele a monitorava em todas as redes sociais.
De acordo com a denúncia, no dia 14 de abril, aniversário do suspeito, ele foi até a clínica de estética em que Maria Graziele trabalhava para buscá-la. Os dois seguiram para a casa onde moraram, no bairro Parque do Lageado, para comemorarem a data.
Juntos em casa, a jovem comentou com o acusado sobre o medo que tinha de que ele a matasse, o homem aplicou o golpe “mata-leão” nela. A denúncia diz que o réu segurou as mãos da jovem para baixo, deixando-a de bruços na cama e que depois a asfixiou até a morte, com o rosto no travesseiro.
Com o desaparecimento da jovem, a família dela acionou a polícia. O corpo, no entanto, foi encontrado somente cinco dias depois do crime, em 19 de abril.
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