Publicado em 05/04/2024 às 16:31, Atualizado em 05/04/2024 às 14:36
Caçada aos presos custou R$ 121 mil por dia; gastos foram da Polícia Federal, PRF, Força Nacional e Polícia Penal
O governo federal gastou R$ 6 milhões ao longo dos 50 dias de buscas aos dois presos que fugiram na penitenciária federal de Mossoró e foram recapturados nesta quinta-feira (4). A caçada custou, em média, R$ 121 mil por dia. A informação é do Jornal Folha de São Paulo.
Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, foram presos com mais quatro pessoas, em três carros, numa ponte sobre o rio Tocantins, nas proximidades da cidade de Marabá (PA), a cerca de 1.600 km do local da fuga pelo trajeto mais rápido de carro entre os dois municípios (1.300 km em linha reta), segundo divulgação que foi feita ontem, dia 04-04.
Dados fornecidos pelo Ministério da Justiça mostram que somente a Polícia Federal Rodoviária gastou R$ 3,3 milhões durante as buscas. O órgão foi seguido pela Força Nacional (R$ 1,4 milhão), Polícia Federal (R$ 665 mil) e Força Penal Nacional (R$ 625 mil).
Os valores incluem despesas com passagens, diárias, combustíveis, manutenção e operações aéreas.
As buscas aos dois fugitivos envolveram centenas de policiais, drones, helicópteros e equipes especializadas, segundo a reportagem da Folha.
A PRF, órgãos que mais gastou nas buscas, participou da abordagem que resultou na prisão na rodovia próxima a Marabá.
Em coletiva após as prisões, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que a abordagem se deu após o mapeamento da localização de veículos suspeitos feitos pela PRF e pelo setor de inteligência da PF, que estavam monitorando os foragidos.
"Estavam num comboio do crime", declarou o ministro. "Eles, obviamente, foram coadjuvados por criminosos externos. Tiveram auxílios de seus comparsas e das organizações criminosas às quais eles pertenciam", disse Lewandowski.
De acordo com as investigações, eles tentavam sair do país.