Publicado em 12/03/2024 às 17:00, Atualizado em 12/03/2024 às 17:10
Em audiência de custódia, o ex-PM declarou que foi contratado para levar o veículo da fronteira do Paraguai até Campo Grande, onde receberia R$ 5 mil pelo transporte.
A Justiça Federal condenou um ex-policial de Mato Grosso do Sul que foi flagrado transportando 215,4 kg de cocaína avaliados em R$ 36 milhões em Campo Grande, em janeiro de 2022.
A sentença transitou em julgado com a pena de quatro anos, dez meses e dez dias de prisão no regime inicial semiaberto, além do pagamento de 486 dias-multa no valor unitário de 1/30 do salário mínimo em vigência na data do crime.
O processo está em sigilo, mas conforme informações divulgadas à época, o ex-soldado, hoje com 49 anos, foi preso por policiais rodoviários durante fiscalização de rotina na BR-060, na Capital. Ele estava em uma camionete Ford Ranger, com 215,4 quilos de cocaína escondidos em um fundo falso na carroceria. A droga foi avaliada em R$ 36 milhões e todos foram levados para a superintendência da Polícia Federal.
Em audiência de custódia, o ex-PM declarou que foi contratado para levar o veículo da fronteira do Paraguai até Campo Grande, onde receberia R$ 5 mil pelo transporte. O acusado informou ainda que era acompanhado de veículos batedores que seguiam à frente para avisá-lo, pelo Whatsapp, sobre possíveis fiscalizações policiais.
O processo tramitou na 5ª Vara Federal de Campo Grande, que condenou o policial a 10 anos e seis meses de reclusão, inicialmente em regime fechado. Ao acatar recurso do condenado, a 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região reduziu e fixou a pena definitiva em quatro anos, dez meses e dez dias de prisão no regime inicial semiaberto.
O processo transitou em julgado após o Superior Tribunal de Justiça negar provimento a agravo em recurso especial e agravo regimental da defesa do ex-PM. Apesar do sigilo do processo, todo este trâmite foi publicado no Diário Oficial Eletrônico da Justiça Federal na última quinta-feira (7), em que consta a determinação para cumprimento da sentença.
O acusado foi expulso da Polícia Militar de MS em 2015, por ligação com a máfia que controlava rotas para escoamento de drogas e cigarros contrabandeados do Paraguai ao Brasil.
