Publicado em 08/03/2024 às 14:00, Atualizado em 08/03/2024 às 11:45

Enfermeiro acusado de estupro de paciente é condenado a 8 anos de prisão

Ele é acusado de estuprar uma paciente no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em fevereiro de 2021

Redação,

O enfermeiro acusado de estuprar uma paciente no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em fevereiro de 2021, foi condenado pela Justiça. A pena estipulada pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande foi de oito anos e seis meses referente ao crime de estupro de vulnerável.

A sentença foi lida no dia 1º de março, mas só foi divulgada à imprensa nesta quinta-feira (7) pois o processo correu em sigilo. Embora condenado, o profissional de saúde poderá recorrer da decisão, uma vez que já respondia ao processo em liberdade, segundo o site Dourados News.

Em maio de 2023, ele foi absolvido durante audiência de processo disciplinar no Coren (Conselho Regional de Enfermagem). À época dos fatos, a defesa do enfermeiro alegou que só a palavra da vítima não era prova suficiente.

Durante a investigação criminal, os responsáveis pelas apurações dizem ter convicção de que o enfermeiro cometeu agressão sexual contra a paciente de 36 anos, que estava internada com Covid-19. A denúncia foi feita pela mãe da vítima, quando a filha ainda estava recebendo tratamento na ala isolada do hospital.

Conforme relatou a paciente, após ter passado mal durante a noite do dia 3 de fevereiro, tendo vômito e falta de ar, ela notou quando o profissional de enfermagem começou ir ao quarto dela, durante a madrugada, passou a apertá-la e passar a mão em seu corpo.

Em determinado momento, o profissional de saúde retornou ao leito com “óleo de girassol”, passou nos dedos e começou a abusar da vítima. Mesmo debilitada, a paciente diz ter tentado resistir ao abuso como pôde, pedindo para o homem parar e sair de cima dela, mas ele insistia em passar a mão na virilha da paciente, enquanto pedia para ela “abrir as pernas”.

O homem repetia que queria masturbar a paciente e que não era para ela resistir, se não poderia “dar problema para ele”. Após ter alta, a mulher prestou depoimento e foi à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para fazer o reconhecimento do agressor.