Em apenas um ano, a população carcerária de Mato Grosso do Sul aumentou 7,2%. O primeiro semestre deste ano fechou com 15.541 internos no sistema prisional. O mesmo período de 2015, eram 14.495 custodiados, aumento de 1.046 pessoas. Os dados são do diretor da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Ailton Stropa, e foram divulgadas durante palestra na Escola Superior da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul.
A população carcerária do Estado continua sendo majoritariamente composta de presos pelo crime de tráfico de drogas (40%), justificada pela proximidade com a fronteira. Entre as detentas, o índice relacionado ao narcotráfico é de 85%.
A apresentação ainda revelou que os custodiados são, em sua maioria, jovens entre 18 e 30 anos (48%) e com baixa escolaridade (61,5% não concluíram o ensino fundamental). Do total, 40% dos internos trabalham, dos quais mais da metade em atividades remuneradas. São 174 parcerias de trabalho da Agepen com empresas e instituições públicas.
Do total de custodiados nos 46 presídios, 91,5% são homens. Conforme os dados apresentados por Stropa, a taxa de aprisionamento em Mato Grosso do Sul é o dobro da média nacional, se considerada a proporção pelo total de habitantes.
Neste cenário, o deficit atual está em cerca de oito mil vagas. Conforme a Agepen, a previsão é de construção de três unidades prisionais na Capital, que vão gerar 1.613 vagas ao sistema. Devem ser ampliadas as unidades de Ponta Porã e Coxim, totalizando mais 288 vagas juntas.
Fonte Midiamax
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