Publicado em 09/11/2022 às 16:30, Atualizado em 09/11/2022 às 15:05
Os infratores receberam voz de prisão e foram encaminhados, juntamente com o material apreendido, à delegacia de Polícia Civil
Policiais militares ambientais de Campo Grande receberam denúncias de que infratores estariam praticando pesca durante este período proibido e retirando peixes vivos no rio Aquidauana, da região da Ponte do Grego, no município de Terenos e os transportando para fora do Estado.
A denúncia indicava dois lugares de onde os peixes sairiam e dois veículos, que sempre saíam à noite.
Dessa forma, os policiais resolveram revezar os trabalhos no rio na região da denúncia e em bloqueios nas estradas, no intuito, não só de deter os denunciados, mas outros que se arriscassem a praticar pesca no período proibido de Defeso. Na MS-352, equipe abordou ontem (8) às 20h30, dois dos denunciados, de 32 e 46 anos, no km 10, em uma VW Amarok e, na carroceira, foram encontrados dois exemplares de peixes da espécie cachara, pesando cerca de 8 kg, vivos em um tambor de 500 litros com oxigênio.
Inicialmente, os infratores, residentes em Coxim, um revendedor e um trabalhador rural braçal, alegaram que estavam capturando matrizes de peixes para piscicultura e apresentaram uma nota fiscal, constando exemplares de pintado e não cachara, como estavam nos tambores, e que levariam para a cidade de Dois Córregos (SP).
Como não havia a licença ambiental e nem a Guia de Transporte Animal (GTA) da IAGRO, para a captura e transporte de matrizes vivas, um deles passou a alegar que era peixe de piscicultura, porém, não existe piscicultura onde eles estavam. Então, ele alegou que parou para dar um descanso para os peixes, antes de seguir viagem. O veículo, o pescado e o tambor foram apreendidos.
Os infratores receberam voz de prisão e foram encaminhados, juntamente com o material apreendido, à delegacia de Polícia Civil de Terenos, onde eles foram autuados em flagrante na madrugada de hoje (9) por crime ambiental de transporte de produto da pesca predatória e lhes foram arbitradas fianças.
Se condenados pelo crime, poderão pegar pena de um a três anos de detenção. Eles também foram autuados administrativamente e multados em R$ 5.080,00 cada um, perfazendo R$ 10.160,00. O pescado será doado para instituições devolvido ao rio depois de periciado.