Durante diligências da Operação Protetor, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico – (Denar), em parceria com a Polícia Rodoviária Federal – (PRF), equipes da Denar apreenderam 300 quilos de cocaína (tablete) e 38 quilos de haxixe enlatado, o que totaliza R$ milhões em drogas.
Conforme o delegado Titular da DENAR, Hoffman D'Ávila, as substâncias foram encontradas escondidas em um caminhão que carregava grãos, e inicialmente, iria para Maringá, no Paraná.
“Estávamos atuando na região, quando suspeitamos daquele veículo, e solicitamos a parada, o motorista parou, mas demonstrou nervosismo durante conversa com os policiais, que decidiram revistar o caminhão. Na revista, a droga foi encontrada”, disse.
Ainda de acordo com o delegado, a cocaína encontrada é do tipo ‘exportação’, que é chamada por alguns vulgarmente de escama de peixe. Segundo Hoffman, ela tem o cloridrato mais aguçado, mais expressivo, e normalmente ela é para exportação para outros países. “Ele não mencionou o país para onde ele iria, mesmo porque, até as investigações se aprofundarem, ele estava ali na função de motorista, mesmo sabendo o que estava carregando, mas a carga lícita tinha a nota fiscal que revelava que ele iria para Maringá. Agora, nós ainda não podemos afirmar se apenas a carga ilícita iria para Maringá ou a droga também”, explicou.
O motorista de 36 anos, que não tem antecedentes criminais, foi preso em flagrante por tráfico de drogas, e em depoimento, confessou o crime, e disse que ganharia R$ 20 mil para fazer o transporte da droga.
A carreta também foi apreendida e levada para o pátio da Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Fronteira – (Defron), de Dourados.
Para a reportagem, o Inspetor Vinicius Figueiredo, Chefe da Sessão de Operações da Polícia Rodoviária Federal, afirmou que a droga foi localizada em um fundo falso, na estrutura de um semi-reboque.
“Essa fiscalização é minuciosa, tendo em vista que, muitas vezes essa droga já é colocada antes ou às vezes até depois da carga licita, para que ela fique escondida na estrutura do veículo, então é um trabalho que requer bastante dedicação”, disse.
Figueiredo ainda comentou que, o haxixe foi encontrado em latas lacradas, o que não é muito comum. Além disso, cada lata custa R$ 8 mil, em Mato Grosso do Sul, e o valor pode dobrar em outras regiões do país.
“Não é muito típico essa forma do haxixe enlatado, mas ela é uma derivação da maconha, com um valor agregado também, ou seja, um valor mais elevado, e é uma maneira dos traficantes condicionarem a droga para manterem uma qualidade do entorpecente”, explicou.
OPERAÇÃO PROTETOR
Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e realizada nas fronteiras e divisas, a Operação Protetor das Divisas e Fronteiras está inserida no Programa Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Enfoc).
O principal objetivo é estimular operações integradas dos integrantes do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), com o intuito de aumentar a vigilância e as ações na área de fronteira. Além disso, o foco é combater o tráfico de drogas e outros crimes organizados na região de fronteira.
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