O delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Geraldo Garcia, se envolveu em uma briga de trânsito e efetuou disparos contra o carro de uma motorista de 24 anos, na avenida Mato Grosso, região do Bairro Santa Fé, em Campo Grande, na noite desta quarta-feira, dia 16 de fevereiro. O delegado João Eduardo Davanço, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), do centro da Capital, disse que a motorista teria cometido uma imprudência no trânsito, e por isso foi perseguida.
De acordo com a polícia, o delegado geral transitava em um veículo GM/Cruze, momento em que ele deu voz de parada à condutora que, estava em um Renault Kwid, e teria cometido uma infração de trânsito. Ela, ainda segundo a polícia, fugiu ao delegado dar a voz de parada e só parou quando o veículo foi atingido. Três pneus do carro da motorista foram estourados com os tiros.
“Na proximidade do Comper (Avenida Mato Grosso), e condutora desrespeitou alguma leis de trânsito, e ele deu voz de parada, ele então se identificou como policial e iniciou perseguição. Então teve uma desobediência ali”, disse o delgado João Eduardo Davanço.
“Discussão no trânsito. Ela estava indo para casa. O carro do policial não tem identificação nenhuma, como que ela vai saber se era um delegado, mas tudo bem. O delegado disse que ela virou uma rua que era para virar, ou não virou, uma manobra, alguma coisa”, disse o pai da condutora, que se identificou como Jaime. A jovem e o delegado foram levados à delegacia.
Crise com delegado geral na Polícia Civil
Delegados da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul suspeitaram que decisões recentes do delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Geraldo Garcia, estariam ligadas à suposta tentativa de interferir na briga pelo controle da contravenção em Campo Grande, em novembro do ano passado. Diversos colegas confirmaram ao site Midiamax que 'estranham' o comportamento do chefe. Ele chegou a ser afastado do cargo.
A crise já causou bate-boca em reunião oficial na DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil) e os policiais temem represália por parte da cúpula.
O delegado Adriano Garcia disse à época que as suspeitas são 'absurdas'. No entanto, colegas dele confirmam que várias unidades policiais da Capital foram arrastadas para uma série de 'batidas' contra anotadores do jogo do bicho em bairros de Campo Grande. As ações não teriam efeito prático e teriam isolado uma força-tarefa criada desde a Operação Omertà, que atingiu a contravenção na cidade.
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