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30/10/2023 às 07:30, Atualizado em 30/10/2023 às 00:23

Criado em MS, piloto morto em acidente no Acre deixa legado de amor à profissão

Além do piloto Claudio Mortari, 12 pessoas morreram em queda de avião no Aeroporto de Rio Branco

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Claudio em foto tirada dentro da cabine do avião: sonho que virou profissão (Foto/Arquivo pessoal)

Neste domingo (29), um avião caiu, explodiu e matou 12 pessoas próximo à pista do Aeroporto Internacional de Rio Branco, no Acre, na manhã deste domingo (29). Uma das vítimas era o piloto Claudio Atílio Mortari, de 69 anos, que morou por 19 anos em Campo Grande.

De acordo com a sobrinha do piloto, a jornalista Camila Mortari, Claudio veio para Campo Grande quando tinha 10 anos de idade. “Onze irmãos vieram do interior de São Paulo e ele era um deles”.

Ao Campo Grande News, Camila também explica que o tio sempre sonhou em ser piloto de avião. “Ele sempre quis ser piloto e era muito inteligente. Ele fez o curso aqui em Campo Grande”. Segundo familiares do piloto, aos 29 anos de idade, Cláudio saiu de Campo Grande para trabalhar com aviação na região do Acre. Recentemente, fixou residência no município de Itaituba, interior do Pará.

Camila relata que no sábado (28), Claudio enviou mensagens para suas irmãs nas quais descrevia um voo realizado sob condições meteorológicas adversas. Em uma das mensagens, o piloto mencionou que a experiência foi "tensa, mas normal".

A sobrinha do piloto também relata que os familiares estão abalados e se reuniram para enfrentar o luto juntos. "É o primeiro irmão dos onze que morre. Eles eram bem unidos. Agora estão todos aqui, reunidos na casa do meu avô, que é o irmão mais velho".

Camila reforça que o tio era apaixonado pela profissão. "Ele dizia que se morresse voando, morreria feliz". De acordo com a família, Claudio terá um cerimônia simbólica no cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande, onde grande parte de sua família vive.

Entenda - Na manhã deste domingo (29), um avião de pequeno porte, modelo Caravan, caiu nas proximidades do Aeroporto de Rio Branco, logo após a decolagem. As autoridades confirmaram que não houve sobreviventes entre os 12 ocupantes da aeronave, que incluíam passageiros e tripulantes.

De acordo com informações do Governo do Acre, o voo era de caráter particular e operado pela empresa ART Taxi Aéreo. O destino da aeronave era o município de Envira, no estado do Amazonas.

A bordo da aeronave estavam dez passageiros, compreendendo nove adultos e uma bebê, além dos dois tripulantes, o piloto e o co-piloto. Todos perderam a vida no local do acidente. Após o impacto, as chamas se alastraram rapidamente, o que dificultou o resgate das vítimas.

A guarnição do Corpo de Bombeiros, que tem uma base no aeroporto, foi acionada imediatamente pelo Ciopaer (Centro de Operações Aéreas) para controlar a situação. Além disso, o 3º Batalhão do bairro Rui Lino, o mais próximo do aeroporto, foi mobilizado para auxiliar nos esforços de redução dos danos causados pelo acidente.

Ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), viaturas da Polícia Militar e um helicóptero do Ciopaer também foram deslocados até o local. As vítimas foram encontradas carbonizadas, e as causas do acidente serão investigadas pelas agências competentes para determinar o que levou à queda da aeronave.

O Governo do Estado do Acre emitiu uma nota oficial em que manifesta solidariedade às famílias das vítimas, do piloto e do copiloto que estavam a bordo da aeronave.

“Diante da fatalidade, o governo do Estado do Acre manifesta solidariedade às famílias dos passageiros, do piloto e do copiloto que estavam a bordo da aeronave, e comunica que manterá toda a sua estrutura de segurança e saúde no local para garantir o resgate dos corpos e evitar novos desastres em decorrência das chamas que se alastraram rapidamente após o acidente”, diz trecho da nota.

Com informações do Campograndenews

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