Publicado em 22/03/2022 às 08:30, Atualizado em 22/03/2022 às 11:25
Pelos próximos dias, a força-tarefa espera erradicar toneladas de plantios de cannabis em território paraguaio
Em mais uma ofensiva contra o tráfico de drogas na região de fronteira, policias do Brasil e Paraguai, se uniram na busca por traficantes e rotas de produção e de tráfico de drogas. Na tarde desta segunda-feira, dia 21 de março, um contingente formado por funcionários da Senad (Secretaria Nacional Antidrodas), do Paraguai, com apoio da FTC (Força Tarefa Conjunta), Polícia Federal brasileira da Força Aérea Paraguaia, chegou à Base Regional da polícia Paraguaia, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã.
A força-tarefa acontece no âmbito da Operação Nova Aliança 30, uma ação conjunta entre a Senad e Polícia Federal. Esta será a segunda etapa da operação este ano. A operação irá contar com 80 homens da Senad, além de agentes e peritos da Polícia Federal brasileira. A PF ajudará ainda com helicóptero para sobrevoar e identificar regiões de plantio ilegal de maconha.
Pelos próximos dias, a força-tarefa espera erradicar toneladas de plantios de cannabis em território paraguaio. Cerca de 90% da droga plantada no país vizinho tem como destino o Brasil. Somente na primeira etapa da operação Nova Aliança em 2022, realizada no fim de fevereiro, foram erradicadas 850 toneladas.
No discurso de abertura da operação, o Coordenador-Geral de Repressão a Drogas e Facções Criminosas da PF, João Luiz Caetano de Araújo, destacou a relevância da cooperação internacional entre os dois países. “Para nós, do Brasil, esta operação é a mais importante no combate à produção da droga na sua origem e esta parceria só tende a se fortalecer”.
O vice-ministro da Senad, Esteban Caselli, reforçou a eficiência do trabalho conjunto. “Cooperação é o melhor caminho para combater este ilícito. Fortalecer o compromisso desta aliança é estratégico para ambos os países.”
Cerca de 80% da droga produzida em território paraguaio é destinada a facções criminosas brasileiras. O objetivo desse tipo de intervenção é afetar as finanças e a logística do crime organizado, tirando de circulação grandes volumes de drogas, gerando lucros cessantes significativos. Além disso, permite a anulação dos investimentos dos financiadores da referida atividade criminosa.