Publicado em 03/03/2022 às 13:28, Atualizado em 03/03/2022 às 12:29

Briga por molho de chaves causou morte de vigilante de escola

Redação,

Moacir de Paula Camargo, apontado como autor do assassinato do colega vigilante Rodrigo dos Santos Fonseca, de 45 anos, na cidade de Três Lagoas, região Leste do Estado, se entregou a polícia nessa quarta-feira, dia 02 de março. Ele foi ouvido e liberado.

Na delegacia, Moacir confessou que atirou contra Rodrigo após uma discussão. Segundo ele, a briga aconteceu por causa de um molho de chaves de portas de salas de aula da escola. Segundo ele, Rodrigo teria partido para cima dele dando socos e chutes.

Rodrigo estava trabalhado na noite de vigia noturno na escola e Moacir estaria de folga, segundo o site JP News, mas foi até a escola para questionar sobre as chaves quando, segundo ele, houve a luta corporal. Ainda em depoimento, Moacir teria dito que após o colega de trabalho partir para cima, ele sacou o revólver e pediu para Rodrigo se afastar. Mas, a vítima não se afastou o que acabou provocando os disparos.

Moacir disse que tentava se defender das investidas do colega. Mas, uma testemunha contou que Rodrigo estava desarmado e foi pego de surpresa por Moacir ao deixar o plantão.

O caso

Rodrigo foi baleado durante uma briga envolvendo outro vigilante. Um terceiro, testemunha, presenciou a discussão e acionou a Polícia Militar. Ao chegarem à escola, os policiais encontraram a vítima ao solo ensanguentado, mas consciente, dizendo que o autor seria também um vigilante. Outro membro da equipe de segurança da escola informou que, ao chegar ao local, viu o suspeito entrando na escola com uma arma de fogo e atirando contra a vítima.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também foi acionado e constatou três perfurações no corpo da vítima, sendo no antebraço esquerdo, na perna direita e no tórax.

Uma testemunha, supervisor dos vigilantes da escola, disse ter recebido uma ligação do suspeito e ouviu, ao fundo, uma voz dizendo "tira a mão do meu peito". Em seguida, ele teria desligado e não atendeu mais as chamadas.

O vice-diretor da escola, que também prestou esclarecimentos, afirmou que o sistema de câmeras flagrou o suspeito entrando na escola e deixando o local com uma arma de fogo. Um projétil foi encontrado e apreendido.