Publicado em 12/11/2024 às 12:17, Atualizado em 12/11/2024 às 16:02
Contraventor foi preso no fim do mês passado acusado de mandar matar o bicheiro rival Fernando de Miranda Ignaccio; crime aconteceu em novembro de 2020
O bicheiro Rogério de Andrade, preso desde o fim de outubro, está sendo transferido nesta terça-feira (12) do Rio de Janeiro para um presídio federal do Mato Grosso do Sul.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (SEAP-RJ), o contraventor estava na penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, no Complexo de Bangu, e está sendo transferido para uma unidade prisional federal por decisão da Justiça.
“A operação contou com o apoio de quatro viaturas do Grupamento de Intervenção Tática (GIT) e do Grupamento de Serviço de Segurança Externa (GSSE), ambos da Seap, que escoltaram o citado até o Aeroporto Internacional do Galeão, onde ele foi entregue às autoridades da Polícia Federal para posterior embarque”, declarou o órgão em nota.
A transferência de Rogério de Andrade para o presídio federal de Campo Grande foi determinação da 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
Prisão de Rogério de Andrade
Rogério de Andrade foi preso durante a Operação Último Ato, realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro. Ele foi detido em sua casa localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca.
Rogério de Andrade foi denunciado pelo homicídio do também contraventor Fernando de Miranda Ignaccio, genro do bicheiro falecido Castor Andrade. Rogério Andrade é sobrinho de Castor Andrade, que comandava o jogo do bicho e máquinas de caça-níqueis em toda a Zona Oeste da cidade.
O crime ocorreu no dia 10 de novembro de 2020, no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes. Na ocasião, Ignaccio retornava de sua casa em Angra dos Reis e foi morto com três tiros de fuzil, em uma emboscada no heliporto. Os assassinos dispararam de um terreno ao lado do heliporto.
Em 2021, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) já tinha denunciado Rogério Andrade pelo crime, mas em fevereiro do ano seguinte, a ação foi trancada pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que alegou falta de provas que comprovassem que o contraventor era o mandante do crime.