Áudios gravados pela jornalista Vanessa Ricarte antes de ser assassinada pelo ex-noivo Caio Nascimento, na última quarta-feira (12), em Campo Grande, contradizem o discurso das delegadas da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) sobre o atendimento que ela tentou receber horas antes do crime.
Nos registros, Vanessa relata descaso e erros graves no atendimento prestado na Casa da Mulher Brasileira. A jornalista buscou ajuda para obter proteção contra o ex-companheiro, que já possuía um longo histórico de violência doméstica. No entanto, assim como em muitos casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul, a assistência não chegou a tempo.
Pouco antes de ser morta, Vanessa confidenciou a uma amiga que esperava retornar para casa com escolta policial para retirar Caio do imóvel. A proteção, no entanto, não foi concedida. Sozinha, ela foi brutalmente assassinada com três facadas pelo agressor.
O caso levanta questionamentos sobre a efetividade do sistema de proteção às mulheres vítimas de violência e reforça a urgência de melhorias nos protocolos de atendimento para evitar novas tragédias.
Com informações do SBT MS
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