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14/10/2023 às 12:42, Atualizado em 14/10/2023 às 10:46

Após doação de carne, empresa vai a Justiça para reaver prejuízo

O defensor explica que a empresa, mesmo não tendo nenhum envolvimento no tráfico de drogas, acabou ficando com o prejuízo e para que houvesse a liberação da carga

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Foto - Dayane Paz

A empresa RKO Alimentos Ltda vai acionar a Justiça para reaver o prejuízo de R$ 271 mil após ter 18.066,900 quilos de carnes apreendidos e doados pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) de Campo Grande. Segundo o site Campo Grande News, a carga estava em caminhão frigorífico que escondia 1,5 tonelada de maconha encontrada durante ação da Polícia Civil na quarta-feira, dia 04 de outubro.

De acordo com o advogado da empresa, João Paulo Grotti, a RKO vendeu o produto que tinha como destino final Minas Gerais, no entanto, após a carga ser retirada da empresa, o entorpecente foi escondido em meios às carcaças e acabou sendo descoberto pela Polícia Civil.

“Foi uma ação de terceiros que se utilizam do transporte de mercadoria para enganar a polícia, mas foram descobertos usando a carga para esconder a droga e levar para outro estado. A apreensão foi correta, mas houve um prejuízo de 100% para a empresa, já que essa carga tinha destino início, meio e fim”, explicou o defensor.

Segundo ele, quando houve a revogação da autorização da doação, a autoridade policial atendeu prontamente, no entanto, 90% da mercadoria já havia sido doada para instituições beneficentes. “Quando a decisão saiu, só havia aproximadamente 10% da carga, o restante já havia sido doada. E a forma como essa carne foi transportada pelas instituições beneficiadas é de responsabilidade delas e não há critérios e requisitos técnicos exigidos pelos sistemas de vigilância sanitária”, disse João Paulo.

Com isso, o defensor explica que a empresa, mesmo não tendo nenhum envolvimento no tráfico de drogas, acabou ficando com o prejuízo e para que houvesse a liberação da carga remanescente houve uma força-tarefa de mais de 15 pessoas e uma outra carreta de câmara fria para realizar o transporte dessa carne.

“Vamos agora procurar os meios judiciais para reaver os prejuízos que foram causados à empresa”, pontuou o advogado.

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